18 de abril de 2024

Vídeo: Porto Acre vive noite de terror com toque de recolher, ameaças e casas incendiadas

A pacata Vila do Incra, que fica no município de Porto Acre, distante pouco mais de 20 quilômetros de Rio Branco, vivenciou o que os moradores estão denominando de “uma noite de terror”, ocorrida neste sábado (19), quando pelo menos três casas foram incendiadas.
A onda dos atentados foi atribuída a uma facção criminosa que controla o tráfico de drogas na região e pode ter relação com os assassinatos dos jovens  Wemerson de Araújo, de 18 anos, e Wenderson Soares, 17. Os dois foram mortos quando participavam do velório de uma senhora, na madrugada de sexta-feira (18). Ainda não se sabe os motivos do crime.

TOQUE DE RECOLHER 
Após os assassinatos dos dois rapazes, por volta das 15h deste sábado  (19), várias  mensagens dos moradores da Vila do Incra, se espalhavam por meio do aplicativo WhatsApp, avisando sobre a ordem da facção de que ninguém mais ficasse nas ruas e os comércios fechassem as portas mais cedo.
Atendida a ordem, foi no período da noite, por volta das 19h que começou os atentados: três residências foram consumidas pelas chamas.

Três casa foram incendiadas/Foto: Cedida

Segundo algumas testemunhas, que por razões óbvias pediram para não terem seus nomes citados na reportagem, os criminosos armados e portando galões com gasolina, espalharam o combustível nas residências e em seguira ateavam fogo.
“Eles entraram e perguntavam quem era parente de um grupo familiar da região conhecidos por “Queixadas” e disseram que a ordem era para matar todos e poupar somente as crianças”, relatou uma das testemunha.
Somente por volta das 20h, foi que o Corpo de Bombeiros chegou na região da Vila do Incra para tentar  combater os incêndios, mas o fogo já havia consumido tudo.
“Quando tudo ficou mais calmo, lá pelas 21h foi que quatro viaturas do Bope apareceram por aqui. Os bandidos agiram como bem quiseram. A bandidagem não tem mais medo da polícia por causa disso. Eles (PM) só chegam quando não há mais o que fazer”, lamenta outro morador.
Na manhã deste domingo (20), o clima ainda é tenso e ninguém comenta nada sobre o assunto, por medo de represálias.
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