Tenho ouvido muitas críticas ao Governo Gladson Cameli, apesar de só estar com menos de 60 dias do seu início, no dia 1º de janeiro. Em regra, as críticas dizem respeito às contratações de pessoas que teriam servido aos últimos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Eu também não fico satisfeito. Pelo meu gosto, teríamos no governo apenas pessoas de formação política liberal conservadora, de forma que o governo tivesse apenas esse viés, diametralmente oposto ao projeto anterior (comunista).
Porém, eu gostaria de fazer uma ponderação aos críticos de plantão. Devemos nos lembrar que o PT e aliados, com o seu projeto socialista, ficou 20 anos no poder. São duas gerações. Dez anos é uma eternidade. O jus filósofo italiano Ferraiolli, considera uma pena de dez anos perpétua.
Pois bem. Nessas duas últimas gerações, quem formou aqui no Acre quadros políticos e administrativos foi o PT. Enviou seus militantes para estudar em outras capitais do Brasil e do exterior. Eis o porquê, sob esse ângulo, precisamos compreender as dificuldades do governador Gladson. É uma das causas, não digo que são todas.
Dou total importância ao Governo Gladson, vendo-o sob outra ótica, que considero infinitamente mais importante.
Gladson Cameli criou as condições para que tenhamos, como disse Sir Karl R. Piper, em seu livro “A Sociedade Aberta e Seus Inimigos”, uma sociedade de livre mercado, de homens e mulheres livres, da ideologia perversa do comunismo que escraviza.
Apenas por essa mudança de 180 graus, o governo Gladson Cameli, que está em sintonia com projeto liberal conservador de Bolsonaro, tem o apoio do movimento liberal do Acre.
Valdir Perazzo é advogado, defensor público aposentado e um dos criadoes do Movimento Liberal Conservador do Estado do Acre