Os deputados estaduais Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Gehlen Diniz (Progressistas), fizeram na manhã um verdadeiro embate na sessão plenária da Assembleia legislativa do Acre (Aleac). Os dois debateram sobre as recentes demissões dos servidores da Rádio Difusora acreana. Segundo Edvaldo, o governo precisa tomar providências sobre a situação. No entanto, Diniz disse que as demissões ocorreram por culpa da gestão anterior do governo, que não criou um plano de carreira aos profissionais.
A confusão começou quando Edvaldo disse o governo está fazendo uma maldade com servidores que trabalham no sistema a mais de 20 anos. “A difusora é responsável por levar as informações a todos os cantos do Acre, nos lugares mais longínquos, no seringais, nos ribeirinhos”, indagou.
Magalhães sugeriu que o governo envie uma Lei para ser aprovada em regime de urgência para resolver o problema dos trabalhadores da Rádio
“O Gladson amolou a faca de forma exagerada e não viu a realidade da administração pública. Não avaliaram as consequências. Tem servidor lá que não é petista, que nunca balançou uma bandeira. Essas pessoas merecem respeito”, explicou.
Quanto às críticas de Magalhães, o líder do governo, destacou a qualidade os profissionais da Difusora, mas lembrou que as demissões ocorrem pela falta de dinheiro. “São profissionais de excelência que infelizmente não vão poder exercer as atividades por falta de recursos, mas ressalto que a culpa é não é do nosso governo, mas sim os do PT, que durante 20 anos nunca resolveram a situação dessas pessoas”, declarou Diniz.
Gerlen lembrou que em 20 anos os governos do PT foram incapazes de fazer um plano de cargos e carreiras de remuneração dos servidores que estão sendo demitidos. Em resposta, Edvaldo reconheceu a fala de Gehlen, mas disse que os governos da FPA nunca deixaram essas pessoas na mão.
Durante o aparte de tempo, os parlamentares discutiram sobre o tempo para pronunciamento. O Progressista ameaçou não mais conceder tempo ao deputado comunista.
Irritado, Magalhães enfatizou que o salário da nomeação do assessor Júlio César de Farias, o Roxinho, para o cargo de chefe de departamento da Funtac, poderia salvar a situação da emissora de rádio. “O salário de dois Rouxinhos resolveria o problema da Difusora. Isso é fato”, afirmou.
Imediatamente Gehlen retrucou que o não pagamento das pensões de ex-governador “como a de Jorge Viana, também resolveria a questão”, finalizou.