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Em 2018, 11% dos alunos do ensino médio em escolas públicas foram reprovados e outros 10% abandonaram a escola

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

Na manhã desta terça-feira (5) o governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), participou da abertura do ano legislativo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Durante a leitura da carta governamental, o chefe do Executivo pontuou algumas das dificuldades que o Acre enfrenta em praticamente todas as áreas, como saúde, educação e economia.

Segundo Cameli, o último senso do IBGE revelou que a população do Acre é estimada em quase 900 mil pessoas. Destas, 40% encontram-se na faixa etária entre 12 e 24 anos. E quando se fala de educação, os dados são assustadores: mais de 10% dessa população declarou-se analfabeta no último registro do IBGE. Mais que isso, segundo as estatísticas escolares do ano passado, dos mais de 42 mil alunos matriculados no ensino médio 11% foram reprovados e outros 10% abandonaram a escola.

Governo pretende reduzir o analfabetismo e evasão escolar/Foto: Secom

Gladson declarou que o desafio na área de educação será a redução do analfabetismo. “Nossos olhos se voltarão para esses números e temos como desafio melhorar o desempenho escolar e aumentar o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Faremos investimentos nos próximos 4 anos para que as escolas tenham condições adequadas para o ensino-aprendizagem e um olhar atento para a redução do analfabetismo”.

Aos deputados, Cameli pediu apoio no esforço de reerguer o Acre que enfrenta, hoje, um rombo fiscal de R$ 200 milhões. “Esse apelo à mudança se reveste de desafios, o que requer a união e esforço coletivo de todos os poderes, das organizações sociais e do povo, em particular. Ganhamos as eleições, agora precisamos governar com a colaboração de todos”, destacou.

Gladson frisou que a crise vivida pela máquina pública não se limita apenas ao financeiro, mas também “de insuficiência de efetividade das políticas públicas, sobretudo aquelas básica e prioritárias de cidadania, como a segurança pública, a saúde e a educação, alvos de tantos debates no processo eleitoral”.

O novo governador revelou a deficiência de arrecadação do Estado. Segundo ele, “apenas 17% corresponde a receitas tributárias, o que confirma que o Acre continua dependente das transferências constitucionais da União”, entretanto, reforçou o compromisso de gerar renda para a população.

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