O empresário e pecuarista Ricardo Leite, o “Rico”, que dirige um dos maiores grupos empresariais do Acre, cujas atividades vão da pecuária à educação privada – caso do Centro Universitário Uninorte – também veio a público para se manifestar em defesa do agronegócio e da abertura do Acre à plantação de soja, conforme vem acenando o governador Gladson Cameli com apoio inclusive do governo federal, cuja ministra da Agricultura, Teresa Cristina, esteve no Estado, na semana passada, anunciando parceria neste sentido.
Para o empresário, o Brasil é um dos maiores países do mundo na produção de grãos e o Acre não pode viver dissociado desta realidade. “O Acre, conciliando meio ambiente com agricultura, com o clima que nós temos, que é excepcional, se cumprindo a legislação, nós podemos avançar muito”, disse. Segundo ele, o Acre pode perfeitamente conciliar a plantação de soja com a proteção do meio ambiente porque o Estado tem apenas 13 por cento de sua vegetação desmatada e não é mais necessário desmatar porque já é possível estabelecer consórcio entre lavoura e pecuária, que permite a criação de gado com a produção de grãos.
“Isso já está sendo feito em vários lugares do Brasil e, no nosso Estado, isso não é diferente do restante do país. Nós temos muita água, muito sol e chuvas suficientes. Então, conciliar meio ambiente com o agronegócio é uma boa saída para o nosso desenvolvimento”, acrescentou.
As críticas do setor ambientalista à proposta – encampada pelo governador Gladson Cameli desde sua posse, na visão do empresário, faz parte do jogo domocrático. “Mas eu acho que havendo honestidade, com todos os setores mostrando e defendendo seus interesses às claras, não haverá problemas”, disse.