Familiares de pacientes internados no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá (HMCJ), maternidade de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, denunciam descaso às gestantes e a falta de infraestrutura do hospital.
De acordo com denúncias recebidas pelo ContilNet, pacientes estariam acomodadas no chão e dormindo em cadeiras em função da falta de leitos suficientes nas enfermarias. Familiares também denunciaram a falta de profissionais médicos e más condições na estrutura do hospital.
Imagens enviadas por um acompanhante, que está com paciente internada na unidade, mostram diversos acompanhantes e pacientes acomodadas no chão, na recepção da maternidade. Outra mostra a situação de um chuveiro sem condições de uso.
São inúmeras as reclamações de familiares em redes sociais na internet. De acordo com os denunciantes além da falta de leitos o hospital não está disponibilizando de médicos suficientes para realizar os atendimentos e os profissionais estariam tralhando com quadro reduzido.
“É revoltante o descaso e a falta de compromissos com os usuários, sem o mínimo de conforto”, destacou uma internauta.
Além disso, ainda segundo as publicações, funcionários terceirizados da limpeza e serviços gerais, estão há cerca de três meses com salários atrasados e estariam sofrendo perseguição por parte da direção da unidade, vivendo um verdadeiro “clima de terror” no local de trabalho.
Internautas pedem medidas urgente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) na resolução dos problemas, o que caracterizam como “falta de humanidade”. A maternidade de Cruzeiro do Sul atende toda região do Juruá e parte do Amazonas, o que exige uma estrutura diferenciada para a unidade.
Resposta do Hospital
Em nota, a direção da maternidade negou as acusações as quais chamou de “infundadas”. De acordo com a nota, nenhuma paciente estaria acomodada no chão ou em local que não tenha a mínimas condições de higiene e conforto.
A direção informa que os atendimentos obedecem a legislação sanitária e afirma que não existe falta de leitos na unidade para acolhimento das gestantes que buscam atendimentos.
A nota informa ainda, que as fotos não têm data podendo se tratar de qualquer outro momento de funcionamento do Hospital, que não seja da atual gestão.
No que se refere a acusação de perseguição a funcionários, a direção comunica que “as mesmas não procedem”. Confira a nota na íntegra.