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Hidrelétricas podem ser acionadas para aumentar a vazão e evitar transbordamento do Madeira

Por JORNAL A TRIBUNA

O rio Madeira apresenta sinais de que continuará enchendo e já apresenta transbordamento próximo a balsa. O afluente também estava, até o início da tarde de ontem, a 60 centímetros para atingir a cota de transbordamento, na altura de Mutum Paraná.

A PRF informou que as estradas estaduais já estão tomadas pela água, sobrando apenas as rodovias federais./Foto: reprodução

Segundo o representante do Corpo de Bombeiros do Acre, o major Claudio Falcão, no início da tarde, o nível já havia atingido a altura de 22,37 metros. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o tráfego continua fluindo normalmente.

O Corpo de Bombeiros acompanha o nível do rio e, caso suba mais 10 centímetros, um plano de contingência será acionado.

“A cota de transbordamento é de 23 metros. Adotamos o plano de contingência assim que faltar 50 centímetros, podendo solicitar que as hidrelétricas aumentem a vazão, por exemplo. Ainda temos outras medidas que podem ser adotadas”, afirmou o oficial.

A PRF informou que as estradas estaduais já estão tomadas pela água, sobrando apenas as rodovias federais.

Em 2014, o Acre ficou isolado por várias semanas devido a cheia do Madeira, esvaziando os supermercados de itens essenciais, como frutas e legumes. Motoristas chegaram a formar filas quilométricas em busca de combustível, temendo a possibilidade de escassez.

No mesmo ano do primeiro alagamento que interrompeu o tráfego na BR-364, empresários reivindicaram ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que a rodovia fosse elevada e culparam as hidrelétricas pela inundação. Na época, o órgão e a Agência Nacional de Águas (ANA) alegaram que não seria necessário.

Há dois anos, houve uma mudança no posicionamento político e as obras começaram em paralelo com a construção da ponte sobre o Madeira.

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