Mais de dois mil alunos da rede municipal de ensino em Marechal Thaumaturgo, interior do Acre, devem iniciar o ano letivo em atraso. Isso porque duas escolas estão servindo de abrigo para as famílias que deixaram suas casas com riscos de desabamentos após chuvas intensas na região. A informação foi passada pela Prefeitura, nesta quarta-feira (20).
A volta às aulas está prevista para a próxima segunda-feira, dia 24 de fevereiro. O assessor da prefeitura, João Paulo Santos, informou que existe a possibilidade de atrasar o retorno dos alunos considerando que as famílias ainda não podem voltar para suas moradias.
A volta às aulas está prevista para a próxima segunda-feira, dia 24 de fevereiro.
“Estamos passando por um momento muito crítico porque ainda existe a previsão de muita chuva e cada vez que chove acontece mais desmoronamentos. Mais de dois mil alunos podem ficar, a princípio, com aulas atrasadas por conta da ocupação das escolas. A situação está muito complicada”, declarou.
Desde o início do mês que os moradores de Marechal Thaumaturgo estão sofrendo transtornos devido ao rigoroso inverno amazônico. O prefeito decretou situação de emergência no dia 12 de fevereiro, após 26 famílias moradoras de uma parte da cidade conhecida como “Baixa da Rial” precisarem deixado suas casas. A prefeitura ainda aguarda a homologação do decreto pelo Governo Federal para que seja possível a realocação dessas famílias em alugueis sociais, conforme informou a assessoria.
Desbarrancamento em Marechal Thaumaturgo/Foto: reprodução
Além dos alunos, os inscritos no processo seletivo lançado pela prefeitura também podem ser afetados. A prova está prevista para ser realizada no dia 24 de fevereiro, próximo domingo. “Os candidatos podem ser afetados sim, tendo em vista a falta de espaço para a aplicação das provas”, disse o assessor.
Ainda segundo o assessor, o Município segue em alerta devido a previsão de mais chuvas para os próximos dias. A preocupação da Prefeitura é que mais pessoas fiquem desabrigas. O prefeito Isaac Piyãko realizou, na segunda-feira (18), uma reunião com todos os secretários que trabalham na assistência as famílias afetadas para discutir uma estratégia que possa reduzir os prejuízos aos alunos e aos desabrigados.
