Na Câmara Federal, Perpétua Almeida conclama pela paz na América

A deputada perpétua Almeida (PCdoB/AC) usou a tribuna  da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira(21) para pedir paz na América Latina e advertiu sobre o risco do governo federal levar o Brasil para o caminho dos conflitos com outros países, devido à intervenção na Venezuela.
“O Brasil só participou de ajudas humanitárias quando havia o consentimento das partes envolvidas. Não há porque ser diferente. São constantes e afrontosas as declarações do governo Americano à Venezuela. Se Eles decidirem invadir, o que vamos fazer? As famílias brasileiras não querem mandar seus jovens para guerra. Que mãe suportaria ver seu filho sair de casa para entrar em conflito com a nação vizinha?”, alertou a parlamentar.
Tradicionalmente, o Brasil é uma nação de paz, com uma política diplomática de boa vizinhança. O país já participou de mais de 50 missões de paz, sempre com a presença da Organização das Nações Unidas (ONU) e a anuência dos envolvidos.

Perpétua Almeida/Foto: ascom

Risco de conflito entre Brasil e Venezuela 
Em reação ao anúncio do governo brasileiros de se aliar aos Estados Unidos no envio de ajuda internacional, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou veículos militares para a fronteira com o Brasil e declarou o fechamento da divisa a partir das 21h desta quinta-feira (21).
Para alguns especialistas em política internacional, os Americanos estariam enviando recados velados de ameaça de invasão à Venezuela e o  posicionamento do Brasil de se somar ao governo Americano pode ser visto como uma ameaça para os brasileiros. Para a deputada Perpétua Almeida, a Venezuela está passando por um conflito que precisa ser resolvido internamente e o Brasil só deveria intervir a pedido do próprio país.
“Tenho pedido ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que reúna o colégio de líderes, ouça o ministro da Defesa e se posicione para que possamos evitar que o Brasil traga para o nosso colo um conflito que não nos pertence”, reitera Perpétua.
O envolvimento do Brasil na primeira fase da operação internacional foi uma surpresa até mesmo para a oposição venezuelana e levou funcionários brasileiros a mergulharem num ritmo vertiginoso de trabalho em Brasília para organizar, em menos de três dias, o envio de medicamentos e alimentos a Boa Vista.
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