Acabou-se o que era doce
A coluna ficou sabendo por intermédio de uma fonte do governo que os cargos em comissão ainda não preenchidos na administração estatal já têm destinação certa: estão todos reservados para os correligionários do governador Gladson Cameli (Progressistas), militantes de partidos aliados e afilhados de políticos – sejam dos que se elegeram na aliança do chefe, seja dos que chegaram após a mesa posta.
Triste realidade
Não recrimino os que trabalharam de sol a sol da campanha e hoje se veem preteridos nas indicações. A indignação, a mágoa e o ressentimento são admissíveis. Mas o fato a se considerar é que o estado encolheu, arruinou-se sob o cetro dos companheiros perdulários – e a máquina não comporta a todos.
Mau costume
Mas há nessa história um viés cultural: vivemos numa sociedade acostumada a esperar tudo do estado, como se todas as obrigações lhe coubessem e os recursos fossem infinitos. A verdade é que não existe almoço grátis.
Estado nada produz além de despesas
Por isso sou adepto do estado mínimo, enxuto, a regular, pela eficiência dos servidores, os serviços essenciais e estratégicos. Quem luta pela ampliação das dimensões estatais são os que se acostumaram a viver das benesses de um sistema que só produz despesas e nos depena com impostos escorchantes. E se isso não for suficiente, lembremos da fábrica de tacos, da Natex e do complexo Peixes da Amazônia S.A.
A ver navios
A briga por espaço na atual gestão tem sido travada de foice. E muitas cabeças haverão de rolar.
Procissão
Cientes da escassez de cargos de livre nomeação que ainda restam, o Palácio Rio Branco tem sido o destino de uma procissão de esperançosos apreensivos. Gente que entra e sai de mãos abanando.
Miudezas
E pra aumentar a insatisfação dos ‘sem-cargo’, as CECs com valores mais altos ou já foram atribuídas aos felizardos ou se encontram à disposição daqueles que chegarão nas costas largas dos políticos com mandato.
A grande família
A coluna foi informada que um parlamentar federal, homem de família, será retratado em reportagem neste fim de semana em um site local por ter empregado o sobrinho, o filho e o irmão. Juntos, eles custarão ao erário a bagatela de R$ 572 mil por ano. A conferir.
Visita ilustre
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chegou ao Acre na noite desta quinta-feira (21), a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Veio acompanhada pelo governador Gladson Cameli, pelos deputados federais Alan Rick (DEM), Jéssica Sales (MDB) e Mara Rocha (PSDB), além dos senadores Sérgio Petecão (PSD) e Mailza Gomes (Progressistas).
Compromissos
A agenda de Tereza Cristina no Acre inclui uma palestra aos produtores rurais e participação na abertura da primeira grande colheita de soja no Estado.
Negativo
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, negou na última quarta-feira (20) mais um pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Xilindró
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de cadeia pela 2ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, após sentenciado pelo ex-juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. O petista está preso desde abril do ano passado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Agravante
Pra piorar – já que o pedido da defesa se baseava na condenação anterior –, Lula também foi recentemente condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no processo relativo ao sítio em Atibaia. Esse caso ainda não passou pela segunda instância da Justiça.
Bordão
Por isso vou encerrar a coluna desta sexta-feira (22) com o bordão dos irmãos Cid e Ciro Gomes: “O Lula tá preso, babaca!”.