Opinião: A batalha do jornalismo

A comunicação popular é fundamental para avançarmos no processo de construção de uma sociedade / Reprodução

Os jornalistas da cidade de Londrina vivenciaram uma situação inédita no início de dezembro de 2018: pela primeira vez, uma diretora sindical do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná foi demitida durante o exercício do cargo, atitude contrária à CLT e à Constituição Federal. Mas a TV Tarobá (filiada à TV Bandeirantes), onde a jornalista trabalha, não se intimidou e sustentou a demissão ilegal. Perdeu judicialmente e, como se não bastasse a afronta, negou-se a receber a diretora reintegrada ao cargo.

Cenas como essa provavelmente se tornarão comuns agora em 2019. Com a posse de Jair Bolsonaro em janeiro, o aprofundamento dos ataques aos direitos trabalhistas cresce, e também à imprensa e à livre atividade do jornalismo. Não se trata de exageros.

O futuro presidente já mostrou a que veio, barrando a entrada de alguns veículos em entrevistas coletivas. Alimentado pelo próprio Bolsonarismo, o descrédito que seus seguidores têm em relação ao jornalismo, de modo geral, demonstra que será cada vez mais difícil ao jornalismo crítico e comprometido com o povo avançar nessas circunstâncias. Criar mecanismos e atuar em defesa dos jornalistas é uma batalha necessária que já está sendo travada por comunicadores de todo o Brasil comprometidos com a democracia.

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