PDT deve anunciar adesão ao governo de Gadson Cameli na semana que vem

O deputado Luiz Tchê confirmou que o PDT, do qual é presidente regional e único deputado estadual, vai decidir na semana que vem se vai fazer parte ou não da bancada de sustentação do governo de Gladson Cameli. De acordo com o parlamentar, o convite foi feito pelo próprio governador e a executiva estadual está bem próxima a aceitar o convite, faltando apenas a palavra final do deputado federal eleito pela sigla, Jesus Sérgio.

Luiz Tchê/Foto: ContilNet

No plano federal, no entanto, o PDT continuará a fazer oposição cerrada ao governo do presidente Jair Bolsonaro. No caso, segundo Tchê, o PDT segue a orientação de Ciro Gomes, candidato à Presidência pelo partido e que ficou em terceiro lugar na disputa, atrás de Fernando Haddad, do PT, segundo colocado. O deputado Jesus Sérgio, entretanto, seria o sétimo parlamentar acreano a apoiar Gladson Cameli na Câmara – a única exceção passaria a ser a deputada Perpétua Almeida, do PCdoB, que ficaria isolada na oposição acreana no Congresso Nacional, já que no Senado o governador também tem o apoio dos três senadores pelo Acre – Sérgio Petecão (PSD), Márcio Bittar (MDB) e Mailza Gomes (PSDB).

Com o apoio de Luiz Tchê, o governo de Gladson também passaria a contar com a condição inédita na história da Assembleia Legislativa, de maioria absoluta de 16 deputados – considerando-se que os três do MDB (Roberto Duarte, Antônia Sales e Meire Serafim) se declaram independentes. A oposição ficaria restrita a cinco deputados estaduais, dois do PCdoB (Edvaldo Magalhães e Jenilson Leite), dois do PT (Daniel Zen e Jonas Lima) e um do PSB (Manuel Moraes).

A novidade em relação à adesão do PDT ao governo local se relaciona ao fato de a agremiação vir a ser fundadora da Frente Popular do Acre (FPA), a coligação partidária encabeçada pelo PT que ficou 20 anos no poder. Na verdade, o PDT acompanha o PT no Acre desde 1992, quando Jorge Viana se elegeu prefeito de Rio Branco.

“Assim como acompanhamos o PT nesses anos todos, a custo zero, devemos apoiar o governo Gladson a custo zero, sem barganhas, sem a exigência de cargos”, disse o deputado. “Isso não significa que, no futuro, o governo reconhecendo nossa importância e pretender nos levar para sua equipe, nós temos bons quadros a oferecer. Nossa ideia é ajudar o governo a melhorar as condições de vida do nosso povo”, afirmou.

 

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