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Após assembleia, servidores da Saúde decidem deflagrar greve geral em abril no Acre

Por LAMLID NOBRE, DO CONTILNET

A falta de diálogos e avanços do governo com a saúde do estado levou os servidores a radicalizar. Durante assembleia geral com os Sindicatos da Saúde, a categoria decidiu realizar uma greve geral no setor. O movimento deve começar no próximo dia 2 de abril.

O encontro ocorreu no auditório do Hospital de Urgência e Emergência, o Huerb, em Rio Branco. Mais de 300 trabalhadores participaram da assembleia. Os servidores querem uma solução definitiva para os inúmeros problemas herdados ao longo dos governos.

Assembleia nesta sexta-feira/Foto: Reprodução

Faltou avanço

Uma das bandeiras campanhas do governador Gladson Cameli foi a manutenção dos mais de mil postos de trabalhos dos servidores do Pró-saúde, ameaçados de demissão. Mesmo após diversas reuniões e promessas, o executivo estadual recuou dessa decisão e quer  demitir. “A regularização dos servidores do Pró-saúde nós não abrimos mão, isso ainda não avançou”, afirmou Adailton Cruz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, SINTESAC.

Outro agravante que preocupa os sindicatos é a possível terceirização da saúde, que já foi sinalizada pelo governo. Caso seja concretizada, essa medida vai deixar os serviços ainda mais precários e os trabalhadores sem condições de trabalho. A população, que já tem um serviço precário, deve sofrer com as ações do novo governo.

/Foto: Reprodução

“Essa ideia representa o fim do sistema único de saúde do Acre. Essa é uma forma de explorar os servidores e vai deixar mais de quatro mil trabalhadores irregulares no olho da rua, uma vez que será mais vantajoso demitir e depois contratar outros com um salário mínimo e jornada de trabalho extenuante de 44 horas semanais”, declarou o presidente.

Os servidores irregulares que estão fora do plano de carreiras há quase 10 anos não tem qualquer progressão. Eles amargam um salário defasado e precisam ter seus proventos reajustados de forma emergencial.  A proposta do plano integral realizada pelos sindicatos, do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, PCCR, não foi definida, inclusive a etapa alimentação.

O estado também precisa de um concurso público urgente. Atualmente, há um déficit de pelo menos cinco mil profissionais. Não há como atender a população de forma eficiente com todos esses problemas.

Adesão total

Os sindicatos vão passar em todos os municípios para que essa greve tenha adesão geral dos servidores. O objetivo é fazer um movimento uniforme. Durante a greve, só vão funcionar os serviços de urgência e emergência. O efetivo empregado no trabalho será de 30% dos funcionários, conforme prevê a legislação.

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