Após determinação, acreanos podem ficar sem comer carne bovina; entenda

É cada mais real a possibilidade de os acreanos virem a não ter carne bovina em suas mesas. Empresários e donos de frigoríficos se reúnem, na tarde desta sexta (15), na sede da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), em busca de uma solução.

A reunião será com o presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação do Acre, José Luiz Felício. Os empresários querem saídas para um impasse: em documento enviado aos donos de todas as plantas de frigoríficos do Acre, o Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre) avisa que os alvarás de funcionamento dos frigoríficos só serão renovados, a partir de 31 de março, mediante a contratação de no mínimo quatro médicos veterinários e 16 auxiliares de fiscalização.

Caso isso ocorra, os prejuízos serão gigantescos para a economia local/Foto: Ilustração

O problema é que a contratação compete ao próprio Idaf e ao Governo do Estado. “Se não houver essas contratações a gente não sabe o que pode acontecer. Mas um dos problemas seria a falta de carne bovina na mesa do consumidor, como nos velhos tempos”, lembrou.

Caso isso ocorra, os prejuízos serão gigantescos para a economia local. Cada frigorífico processa entre oito a dez toneladas de carne por dia e a atividade gera pelo menos 600 empregos diretos. Sem a atividade, além do prejuízo no valor nutricional dos acreanos, o problema a seguir seriam as demissões no setor, além da suspensão do pagamento de impostos. “Seria um Deus nos acuda”, disse um dos empresários do setor.

Será a partir da reunião de hoje à tarde que deverá surgir a busca de solução. A direção do Idaf diz que não abre mão de fazer cumprir a lei.

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