O anúncio de construção de um novo colégio militar em Rio Branco, um investimento da ordem de R$ 30 milhões, com o início das obras previsto para ainda este ano, foi a grande novidade registrada durante encontro de mais de uma hora do presidente Jair Bolsonaro com a futura líder de seu Governo no Congresso Nacional, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), e seus vice-líderes do país inteiro, entre eles os acreanos Sérgio Petecão (PSD) e Márcio Bittar (MDB), no Palácio da Alvorada, na tarde desta terla-feira (12), em Brasília.
Com a escolha de Joice Hasselmann (PSL-SP), Bolsonaro preteriu o deputado João Campos (PRB-GO), cuja bancada tem 30 parlamentares. Em seu perfil no Twiter, Joice Hasselmann agradeceu a confiança de Bolsonaro, cuja indicação é do presidente, e a dos vice-líderes parte dela. Ao agradecer a Joice e a Bolsonaro pela indicação, o senador Sérgio Petecão falava na solenidade das dificuldades enfrentadas pelo governo do Acre, com dívidas e outras dificuldades herdadas com 20 anos de administrações petistas no Estado, quando o presidente o interrompeu para anunciar a construção do colégio militar em Rio Branco. “Vocês estão autorizados a anunciar. A decisão está tomada”, disse Bolsonaro, segundo o relato de Petecão.
O cargo de líder do governo no Congresso foi criado por Tancredo Neves, antes de adoecer e não tomar posse, para agradar ao então senador Fernando Henrique Cardoso, em 1985. Dizem analistas políticos que, em comparação com os líderes na Câmara e no Senado, o cargo no Congresso tem pouca utilidade, pois reuniões conjuntas das duas Casas (Câmara e Senado) são poucas. O cargo serve, porém, para dar prestígio a quem se senta na cadeira.
Honrados. É como estão se sentindo Petecão e Márcio Bittar com a indicação de Joice, segundo os próprios declararam após a reunião. “Isso me orgulha muito’, definiu Bittar, enquanto Petecão admitiu que a indicação pode lhe custar caro dentro de seu partido, o PSD. É que o presidente nacional da agremiação, Gilberto Kassab, é contra a adesão total do Partido ao Governo de Bolsonaro. “Me disseram que ele pode me retaliar, mas eu não estou preocupado. Ele apoiava a candidatura do Renan Calheiros à presidência do Senado e nós os derrotamos. Então, se ele me punir, mesmo como simples senador, estarei defendendo o presidente Bollsonaro onde for necessário, principalmente depois dessa notícia que ele nos deu”, disse Petecão, ao se referir ao Colégio Militar anunciado pelo presidente.