“Me impressiona como determinadas pessoas se atrevem a nos chamar de partidos nanicos. Como somos nanicos se, nas eleições passadas, tivemos mais de 60 mil votos em todo o Estado, elegemos cinco deputados estaduais e um federal?”, indagou, na manhã desta segunda-feira (11), em Rio Branco, o empresário Francimar Asfury, vice-presidente do diretório regional do Podemos, um dos oito partidos – e não apenas cinco, como divulgado inicialmente – que vêm tentando criar no Estado uma terceira via política visando ser protagonista das eleições de 2020.
Os cinco deputados estaduais listados por ele eleitos pelos partidos pequenos: Maria Antônia (Pros), Fagner Calegário (PV), Josa da Farmácia (Podemos), Juliana Rodrigues (PRB) e Chico Viga (PHS). O deputado federal eleito pela mesma coligação foi Manuel Marcos (PRB).
Além do Podemos, a lista dos partidos pequenos – ou nanicos –, cuja pecha está sendo rechaçada por Asfury, inclui o PSOL, o PRB, o PV, o PPL, PPL e PMB e PRP. São esses partidos, em sua maioria, que estão buscando a candidatura do professor Minoru Kinpara à Prefeitura de Rio Branco em 2020, depois que o MDB anunciou que o ex-candidato ao Senado pela Rede, que obteve mais de cem mil votos na última eleição, seria filiado à sigla e com data de filiação marcada parta março deste ano.
Francimar Asfury, que participou de reuniões com os demais partidos e que também foi à casa do professor, na semana passada, para convidá-lo a formar com ele a terceira via, interpretou o professor como pessoa fortemente inclinada a não se filiar a partidos tradicionais. “O professor de fato não nos disse sim nem não e tampouco estabeleceu data para nos dar esta resposta definitiva, mas nós dissemos a ele – e agora eu falo também pelo Podemos – que esse prazo que ele pediu não poderia ser também tão longo porque, caso ele desista, precisamos construir outros nomes que também temos em mente. Estamos conversando também com outras pessoas cujos nomes não divulgamos porque nossa primeira meta é o Minoru”, disse.
Mesmo respeitando os demais aliados, Asfury lembrou que o Podemos tem tudo a ver com Minoru Kinpara porque é uma sigla com nomes de destaque da política nacional, como os senadores Álvaro Dias (PR) e Romário (RJ) e 13 deputados federais, além de ser a segunda maior bancada federal no Congresso Nacional e formado em todo o Estado, com vereadores na Capital e nos municípios. “Tanto lá em Brasília como aqui, não somos posição nem oposição. Somos independentes. No Acre, não queremos ser oposição ou posição, agredir ou apoiar a Gladson Cameli ou Socorro Neri. O que queremos é protagonizarmos a próxima eleição como terceira ou quarta via”, acrescentou Asfury. “O Minoru é a nossa e a esperança de milhares de pessoas que de fato querem um tipo de política diferente”, disse.
Quanto às críticas ou definição de que os partidos que postulam a terceira via são pequenos ou nanicos, Francimar Asfury faz um questionamento: “até as eleições passadas, um dos menores partidos do país era o PSL do então candidato Jair Bolsonaro. E, no entanto, aberta as urnas foi um dos partidos que mais cresceu no país. Então, essas críticas são descabidas”, disse.