Em fórum, Rocha diz que Acre não pode pagar conta ambiental do mundo inteiro

O governador do Acre, Gladson Cameli, e o vice-governador, Major Rocha, participaram na manhã desta quinta-feira, 28, da abertura do 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, que reúne representantes de nove estados da região até esta sexta, 29, em Macapá. Além de governadores e vice-governadores, o evento promove o encontro e o debate entre secretários de Estado das áreas de meio ambiente, planejamento, comunicação e segurança, setores que têm, no geral, temas convergentes que demandam urgência.

Waldez Góes, anfitrião do fórum, abriu o evento agradecendo a participação dos governadores da Amazônia Legal e destacando a importância da presença de cada um deles para fortalecer a unidade. “Nós temos mais de 20 milhões de amazônidas. O fórum tem uma característica muito importante, que é a característica da unidade, de unirmos uma região e dizermos ao governo federal, à bancada federal, a todos os entes representativos, que a Amazônia está unida, que tem propósitos”.

Gladson Cameli e Major Rocha no 17º Fórum de Governadores/Foto: Ascom

Góes enfatiza que os temas que serão debatidos nas câmaras setoriais são “palpitantes”, passíveis de divergências e, por este motivo, precisam ser discutidos com objetividade e dinamismo pelos secretários para que cheguem com o mínimo de diferença entre os estados.

O vice-governador, Major Rocha, disse na abertura que é a hora de os estados da Amazônia inverterem a lógica da preservação e ressaltou a unidade dos estados da região, tanto dos gestores como da bancada, em interesses e anseios. “Nós preservamos e não podemos pagar a conta ambiental do mundo inteiro. Chegou a hora dos estados da Amazônia brasileira cobrarem a sua parcela sobre a preservação. O Acre tem quase 90% de seu território preservado, mas tem índices que são terríveis. Nós somos o estado mais violento do Brasil, a nossa capital é a segunda mais violenta do Brasil e precisamos da contrapartida desse trabalho prestado pelo nosso estado na área ambiental e assim como todos os estados da Amazônia. A Amazônia brasileira precisa ser valorizada”, disse.

Com um discurso enfático, o governador Gladson Cameli reiterou a defesa do crescimento econômico do estado abrindo portas para o desenvolvimento do agronegócio, viabilizando meios para aumentar o processo de industrialização, sem deixar de respeitar o que está no Código Florestal Brasileiro. “Estou usando uma política e vou deixar claro aqui, para não ser mal interpretado, que nosso estado está aberto para a industrialização, para o agronegócio, mas isso sem derrubar uma árvore sem querer prejudicar a nossa Amazônia, a nossa floresta em nem um centímetro. Nossa população precisa de emprego, de renda, sustentar suas famílias. Essa responsabilidade não cabe só ao Acre, mas à Amazônia, ao Brasil. Precisamos avançar no debate”.

Governador Gladson Cameli na abertura do 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal/Foto: Ascom

O governador do Acre, Gladson Cameli, e o vice-governador, Major Rocha, participaram na manhã desta quinta-feira, 28, da abertura do 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, que reúne representantes de nove estados da região até esta sexta, 29, em Macapá (AP), para debater temas de uma agenda comum. Além de governadores e vice-governadores, o evento promove o encontro e o debate entre secretários de Estado das áreas de meio ambiente, planejamento, comunicação e segurança, setores que têm, no geral, temas convergentes e que demandam urgência no encaminhamento de soluções sob o viés do desenvolvimento sustentável.

Waldez Góes, anfitrião do fórum, abriu o evento agradecendo a participação dos governadores da Amazônia Legal e destacando a importância da presença de cada um deles para fortalecer a unidade. “Nós temos mais de 20 milhões de amazônidas. O fórum tem uma característica muito importante, que é a característica da unidade, de unirmos uma região e dizermos ao governo federal, à bancada federal, a todos os entes representativos, que a Amazônia está unida, que tem propósitos”.

Góes enfatiza que os temas que serão debatidos nas câmaras setoriais são “palpitantes”, passíveis de divergências e, por este motivo, precisam ser discutidos com objetividade e dinamismo pelos secretários para que cheguem com o mínimo de diferença entre os estados.

/Foto: Ascom

O vice-governador, Major Rocha, disse na abertura que é a hora de os estados da Amazônia inverterem a lógica da preservação e ressaltou a unidade dos estados da região, tanto dos gestores como da bancada, em interesses e anseios. “Nós preservamos e não podemos pagar a conta ambiental do mundo inteiro. Chegou a hora dos estados da Amazônia brasileira cobrarem a sua parcela sobre a preservação. O Acre tem quase 90% de seu território preservado, mas tem índices que são terríveis. Nós somos o estado mais violento do Brasil, a nossa capital é a segunda mais violenta do Brasil e precisamos da contrapartida desse trabalho prestado pelo nosso estado na área ambiental e assim como todos os estados da Amazônia. A Amazônia brasileira precisa ser valorizada”, disse.

Com um discurso enfático, o governador Gladson Cameli reiterou a defesa do crescimento econômico do estado abrindo portas para o desenvolvimento do agronegócio, viabilizando meios para aumentar o processo de industrialização, sem deixar de respeitar o que está no Código Florestal Brasileiro. “Estou usando uma política e vou deixar claro aqui, para não ser mal interpretado, que nosso estado está aberto para a industrialização, para o agronegócio, mas isso sem derrubar uma árvore sem querer prejudicar a nossa Amazônia, a nossa floresta em nem um centímetro. Nossa população precisa de emprego, de renda, sustentar suas famílias. Essa responsabilidade não cabe só ao Acre, mas à Amazônia, ao Brasil. Precisamos avançar no debate”.

Gladson Cameli enfatizou em sua fala que a segurança pública nas regiões de fronteira precisa ser discutida como forma de combate à criminalidade a nível nacional. Para o governador, “antes, os estados do Sul e Sudeste não tinham essa percepção de que o aumento da criminalidade estava enraizado nas regiões de fronteira, com a entrada de armas e drogas. Por isso, o Norte precisa pautar essa discussão e elevá-la em nível nacional”.

Câmaras setoriais

As câmaras setoriais reúnem os secretários de todos os estados durante esta quinta-feira em torno de temas comuns, nesta décima sétima edição, nas áreas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, comunicação, segurança e consórcio interestadual. O resultado dos debates será encaminhado aos governadores, que discutirão os encaminhamentos em um fórum nesta sexta, 29, e elaboram uma carta representativa do encontro e que deverá nortear os trabalhos de cada estado nas áreas específicas com os temas propostos. O encontro acontece a cada dois anos.

Criado em 2008, o Fórum de Governadores da Amazônia Legal tem o propósito de abordar propostas de desenvolvimento sustentável para os estados da região que são Amapá, Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins.

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