Fies 2019: estudantes têm relatado problemas com o financiamento

Apesar de ter sido reformulado, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) continua apresentando problemas. Nos últimos meses, estudantes que se candidataram para o financiamento se queixam de problemas com a DRI (Documento de Regularidade de Inscrição), que impacta diretamente nas matrículas da chamada regular e, consequentemente, gera atraso na lista de espera do programa.

Diante dos transtornos, candidatos relatam que o Ministério da Educação (MEC) apenas se pronuncia dizendo que a sua equipe de Tecnologia da Informação está analisando o problema e continua postergando os prazos dos pré-selecionados na chamada regular. O MEC também não reconhece o erro na chamada da lista de espera e diz que a mesma está rodando normalmente.

José Jonatas, de 18 anos, está em busca de realizar o sonho da primeira graduação. Mas desde quando pegou a sua DRI para realizar o seu aditamento, foi a banco quase todos os dias e nunca obteve êxito. “Meu dados nunca são encontrados”, contou decepcionado. Na última semana, o estudante recebeu uma mensagem informando que precisaria imprimir um novo documento e levar novamente ao banco. “Estou conseguindo assistir as aulas, porque a faculdade permitiu. Já estamos entrando em semana de prova, quero resolver logo isso para não continuar sendo prejudicado”, contou o estudante de Odontologia.

A situação de Patrícia Fernandes, de 27 anos e também estudante de Odontologia, é um pouco diferente de Jonatas, mas não menos angustiante. Patrícia está na lista de espera do Fies e se encontra diante de vários obstáculos.

Além de precisar esperar que o problema dos estudantes pré-selecionados na chamada regular seja solucionado, ela também contou que a lista só iniciou de fato no dia 23 de março, sendo que no cronograma o prazo inicial era o dia 27 de fevereiro.

Formada em Recursos Humanos, Patrícia vai embarcar na sua segunda graduação e torce para que o problema seja logo solucionado. “Faço parte de um grupo de whatsapp com mais de 180 membros, cada um passando por um situação diferente. Estamos em um jogo de ping pong. Minhas chances também estão cada vez menores porque a lista de espera só vai até o dia 10. Alguma coisa está acontecendo e o MEC precisa solucionar o mais rápido possível”, desabafou.

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