O zooctenista e um dos maiores especialista em agronegócio no país, João Shimada, chega ao Acre, na próxima semana, para, nos dias 12 e 13 de março, proferir palestras a técnicos do governo e produtores da iniciativa privada sobre perspectivas de desenvolvimento econômico com o agronegócio sob a ótica da sustentabilidade ambiental. O evento vai ocorrer na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), numa parceria entre a instituição e órgãos governamentais como as secretarias de Meio Ambiente (Sema) e Planejamento (Seplan), além do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC).
A ideia é debater programas que possam estimular Pecuária Diversificada Sustentável, Territórios de produção Familiar Sustentável e Territórios Indígenas, disse o secretário de Meio Ambiente, Israel Milane.
A palestra chega ao Acre em que o governador do Estado, Gladson Cameli, anuncia a abertura da economia local. De acordo com Milane, com os desafios e oportunidades através do agronegócio, diante de um mercado cada vez mais exigente, os debates são necessários. “O Brasil começou seu processo de transição para uma economia de baixo carbono”, revelou o secretário, adiantando o tom do debate.
Segundo ele, conseguindo estabelecer essa política, o Estado terá avanços significativos. O Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais (SISA) permitiu criar no Acre, desde 2012, o programa de REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) do banco alemão KfW, Programa REM (REDD Para Pioneiros), que financia políticas públicas no Estado.
De acordo o instituto de mudanças climáticas (IMC), o REM terá atuação em segunda fase, no período 2017-2020, com previsão de se estender até 2022, com três subprogramas (Pecuária Diversificada Sustentável, Territórios de produção Familiar Sustentável e Territórios Indígenas).
O diretor do IMC, economista e professor Carlito Cavalcante da Silveira, disse que a perspectiva do novo governo, de abrir-se ao agronegócio, se encaixa dentro de uma política global, de crescimento econômico, proposta pelo governador. “O governador Gladson Cameli demonstra estar antenado aos novos mercados, onde as produções de pequena e grande escala precisam ser feitas em condições de sustentabilidade. Isso é visto de forma positiva pelos organismos internacionais”, afirmou.
A ideia do governo estadual é apoiar atividades que proporcionem o aumento da capacidade técnica, emprego de tecnologia, fortalecimento das cadeias produtivas, diversificação da produção, gestão de território, logística e infraestrutura, dentre outros, buscando aumentar a produtividade em áreas já abertas (cerca de 13%), nas atividades do agronegócio, em todo o Estado.