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Há três meses sem receber recursos de convênios públicos, Educandário pede ajuda

Por LAMLID NOBRE, DO CONTILNET

Circulou nas redes sociais durante o último final de semana, uma mensagem com pedido de ajuda para o Educandário Santa Margarida. Sem receber os recursos oriundos das três principais fontes que mantém a entidade, desde o final do ano passado, a alternativa encontrada pelos dirigentes e voluntários que trabalham no local foi apelar para a comunidade.

“Estamos em um momento de dificuldade no educandário por dois motivos: superlotação de crianças abrigadas e atraso nos repasses públicos. Chegamos a uma situação crítica que justifica nosso pedido.”, dizia a informação veiculada na mensagem e confirmada na manhã desta segunda-feira (25) pelos membros da coordenação do Educandário, Nilton Cosson e Eduardo Vieira.

Superlotação el falta de repasses públicos geram situação crítica/Foto: ContilNet

Segundo eles, no local cuja capacidade de acolhimento é para 30 crianças, encontram-se atualmente 46 com idades entre 0 e 12 anos, sendo duas delas portadoras de necessidades especiais. “É uma superlotação e somado a isso tem o consumo diário de alimentos, material de limpeza e higiene pessoal das crianças, o pagamento de 30 funcionários e a manutenção do prédio. Mais uma vez precisamos recorrer ao apoio da comunidade que sempre nos dá retorno”, disse Vieira.

O coordenador financeiro, Nilton Cosson, lembra que a instituição vive essencialmente de doações e desses repasses oriundos da Lei de Subvenções Sociais do governo do Estado e da Prefeitura, além do aluguel do prédio anexo ao Educandário onde funciona uma escola municipal. “É com esse recursos que garantimos, pelo menos o pagamento dos funcionários, que está atrasado.”, completou.

Sem a regularidade dos repasses que, juntos, somam cerca de R$ 57 mil por mês, além de não pagar os funcionários, não está sendo possível garantir as seis refeições diárias fornecidas às crianças. “Nós fizemos um evento no final do ano passado que nos de uma fôlego, mas precisamos pedir ajuda agora porque não temos mais como segurar.”, disse o coordenador.

A instituição acolhe crianças e adolescentes vítimas de abandono, maus-tratos, prostituição infantil e todos os tipos de violência na capital acreana. O quadro de funcionários é formado por cuidadores, cozinheiros, psicólogos, assistentes sociais, pessoal de limpeza e administrativo.

 Situação sendo encaminhada

A informação repassada pelo dirigente do Educandário era que já nesta segunda-feira, após a mobilização, tanto Prefeitura, quanto Estado haviam tomado providências no sentido de encaminhar soluções para o problema.

“Um dos problemas foi a burocracia. Nos reunimos com a secretária Núbia Musis, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos] e precisávamos renovar o convênio, o que é feito anualmente e o processo estava tramitando. Do aluguel, nos reunimos também com a equipe da Seme [Secretaria Municipal de Educação], havia uma documentação pendente, já resolvemos e eles se comprometeram em fazer o pagamento imediato.”, relatou Eduardo Vieira.

Com o Estado, a questão também era a renovação da Lei de Subsídio que também precisa ser renovada anualmente. “Este subsídio é composto, em parte, por recurso federal, e não havia sido encaminhada para Assembleia Legislativa ainda. Soubemos que o governador assinou e enviou no final do dia de sexta-feira e estamos aguardando que seja resolvido esta semana.”, concluiu.

AJUDA

A mobilização em prol do Educandário Santa Margarida continua:

Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone 3224-2828.

Os itens necessários são:

– Leite em Pó: Nan, Nestogeno

– Leite em Pó sem lactose

– Leite Líquido

– Massas para Mingau

– Nescau

– Produtos de higiene pessoal para crianças: lavanda, shampoo, condicionador, sabonete, escova dental, creme dental infantil e normal

– Pomada para prevenção de assaduras.

– Material de limpeza: sabão em pó, sabão em barra, água sanitária, detergente.

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