Idaf anuncia contratação de 15 médicos veterinários e assim não vai faltar carne nos açougues

O diretor-presidente do Idaf (Instituto de defesa Animal e Florestal do acre), Rogério Melo, disse nesta sexta-feira (15) que os riscos de os frigoríficos do Acre fecharem por falta de fiscalização sanitária foram solucionados. Ele acrescentou que a depender do órgão, não faltará de carne bovina nos açougues e supermercados, tanto na Capital quanto nos municípios do interior.

Alerta dado por donos de frigoríficos, a partir de uma circular do próprio Idaf advertindo-os sobre a possibilidade de suspensão dos alvarás de licença de funcionamento dos empreendimentos responsáveis pelo processamento de carne bovina, acelerou o processo de contratação de pelo menos 15 médicos veterinários.

Juntos, os 17 frigoríficos do Acre geram 600 empregos diretos/Foto: reprodução

Com a determinação do Idaf, o Acre ser desabastecido de carne bovina caso não houvesse profissionais suficientes para a fiscalização dos frigoríficos.

De acordo com a circular, a falta de profissionais para a inspeção sanitária poderia impedir a renovação dos alvarás, com vencimento para o dia 31 de março. “Isso seria uma tragédia”, disse um dos donos dos 17 empreendimentos em atuação no setor no Estado.

Cada frigorifico processa uma média diária de oito a dez toneladas de carne e, juntos, empregam mais de 600 pessoas. O fechamento desse segmento causaria prejuízos milionários ao estado.

“Não haverá risco de fechamento”, disse Rogério Melo, ao anunciar as contratações imediatas, através do sistema de cargos comissionados, e de praticamente o dobro de auxiliares de fiscalização.

Segundo ele, isso permitirá a imediata fiscalização das condições de higiene dos frigoríficos e a concessão dos alvarás de funcionamento.

“O governador Gladson Cameli ficou sensibilizado com a questão e nos autorizou a fazer as contratações por meio de cargos comissionados. O décimo quinto médico veterinário contratado foi (nomeado) hoje”, garantiu Melo.

Idaf também anuncia fim da vacina contra aftosa/Foto: reprodução

Ele disse ainda que o número de médicos veterinários contratados não visa apenas os frigoríficos, mas também as medidas sanitárias decorrentes da suspensão da vacina de combate a aftosa, que deixará de ser aplicada no rebanho bovino do Acre a partir de 20 maio. Após essa data, o Acre será uma das poucas regiões do país, e a primeira da região Norte, a ter esse benefício, em que o rebanho passa a ser reconhecido como saudável e sem a necessidade da aplicação da vacina.

“Com essa medida, nós estamos trocando a vacina por mão de obra. Porque não teremos mais a vacina, precisamos aumentar o controle na fiscalização, na entrada e saída dos nossos animais e isso também caberá aos médicos veterinários que estão sendo contratados”, concluiu Rogério Melo.

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