Os chamados partidos nanicos – PV, Pros, Podemos, PRB e PSOL – devem se reunir nesta sexta-feira (08), em algum lugar reservado da cidade, com o professor universitário Minoru Kimpara, ex-candidato ao Senado que obteve mais de cem mil votos em 2018 e cujo nome vem sendo cobiçado por vários grupos partidários, inclusive o tradicional MDB, para ser candidato a prefeito de Rio Branco no ano que vem.
A reunião deveria ocorrer em caráter sigiloso, mas chegou ao conhecimento do ContilNet e a informação de que a notícia seria divulgada no site suscitou reunião de emergência na tarde desta quinta-feira (07), na sede do PSOL, para um possível alinhamento quanto à divulgação dessas reuniões que deveriam ser secretas.
A professora Degmar Kimpara, esposa do professor e pessoa indicada por ele para falar com a imprensa, confirmou o convite para a reunião mas ressaltou que só ele poderia detalhar o que deve ser tratado, num posterior telefonema ao repórter. Até o fechamento desta matéria, o professor não havia ligado ao repórter.
Fernando Melo, presidente do Pros e em cuja sede deveria ser realizada a reunião disse que não faz política com mistério, mas ressaltou que, para dar qualquer informação sobre o encontro, precisaria da autorização dos demais participantes. O mesmo disse Francimar Asfury, presidente do Podemos.
“Só falo com a autorização dos companheiros”, disse, sem deixar de confirmar a existência da reunião.
O fato é que, se houver mesmo a reunião – já que o vazamento da informação comprometeria o caráter reservado que os dirigentes queriam empregar ao encontro, Minoru Kimpara deve ser formalmente convidado para se filiar a um dos partidos pequenos para concorrer à Prefeitura, no ano que vem.
“Sem Partido ele não poderá concorrer e eu duvido muito que ele tenha pejo para se filiar ao MDB, partido tradicional e que é conhecido por deixar candidatos e candidaturas pelo caminho”, disse um dos dirigentes que pediu para não ter o nome divulgado.
A declaração faz referência ao fato de, em duas eleições seguidas, nomes como o do economista Adalberto Ferreira, professor universitário e ex-deputado de reconhecida capacidade e reputação ilibada, ter sido convidado a ser candidato a governador pelo presidente do MDB, deputado federal Flaviano Melo, e de uma hora para outra viu seu nome ser retirado e desfigurado pelo partido sem maiores explicações de quem havia feito o convite. O mesmo aconteceu com o então vereador Rodrigo Pinto, filho do falecido governador Edmundo Pinto, cujo nome chegou a ser anunciado como candidato a governador e depois houve a retirada do convite, razão pela qual o rapaz se desencantou com a política, com o Acre e com o próprio Brasil e hoje vive em Dubai, nos Emirados Arabes, como treinador de artes marciais da guarda presidencial do país.