Polícia está próxima a identificar autoras de profanação de caixão em cemitério no Acre

O delegado geral de polícia civil de Plácido de Castro, município localizado na fronteira com a Bolívia e distante 102 quilômetros da Capital Rio Branco, Carlos Alberto Bayma de Azevedo, disse, nesta quinta-feira (07), em entrevista ao site ContilNet, que seus investigadores estão bem próximos da identidade de duas mulheres acusadas de invadirem o cemitério da cidade para violarem a sepultura de uma anciã e queimarem seu caixão, possivelmente num ritual de magia negra. “Foi algo muito estranho”, definiu o delegado.

Fogo no caixão foi ateado pela parte dos pés do cadáver/Foto: Cedida ao ContilNet 

O caso ocorreu no mês passado, mas veio a público somente agora, a partir de uma queixa-crime dos familiares da anciã cuja sepultura foi violada e parte do caixão queimada. A anciã foi sepultada no local no último dia nove de janeiro de 2019, uma dia após sua morte, de causas naturais. Alguns dias após o sepultamento, o vigia do cemitério relatou aos familiares da anciã que vira fogo saindo da sepultura e, ao correr ao local, encontrou o caixão em chamas, na parte dos pés. A sepultura havia sido violada e a suspeição gira em torno de duas mulheres vistas adentrando ao cemitério poucos instantes de o fogo começar.

Delegado Carlos Alberto Bayma/Foto: Reprodução

Uma equipe da Polícia Técnica de Rio Branco foi deslocada para Plácido de Castro mas até agora o laudo da investigação não foi divulgado, o que deverá ocorrer nos próximos dias.

A anciã era uma pessoa popular na cidade. Na queixa apresentada à polícia, os familiares disseram que partes do corpo haviam desaparecido. A polícia constatou inicialmente que isso não é verdadeiro. “O cadáver, em decomposição, estava todo lá. O fogo no caixão não chegou ao corpo”, confirmou o delegado.

O dilema da polícia, segundo Bayma, é que mesmo as suspeitas sendo identificadas, elas não devem ser presas, já que a violação ou profanação de sepulturas ou urnas funerárias, é crime de menor potencial ofensivo, com pena de reclusão (o que é diferente de detenção), de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, diz o artigo 210 do Código Penal. “Estamos investigando por se tratar de um caso estranho, mas as acusadas não devem ser presas, no máximo serão detidas para averiguação”, disse o delegado.

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