O prefeito de Porto Acre, Bené Damasceno (PROS), quase vai às ‘vias de fatos’ na manhã desta terça feira (19), com o jornalista Salomão Matos, que nas últimas semanas vem divulgando reportagens em relação a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar um suposto desvio de recursos públicos na ordem de mais de R$ 6 milhões que seriam destinados a área da saúde do município.
A confusão com o profissional da imprensa aconteceu momentos antes da sessão na Câmara de Vereadores ter início, na manhã desta terça. A Polícia Militar esteve presente do início ao final da sessão, sempre próximo à mesa diretora da Câmara.
Ao chegar ao parlamento mirim de Porto Acre, para se defender das acusações dos vereadores, Damasceno usando palavras de baixo calão, insultou Matos, dizendo que ele estaria falando com um homem de verdade e não um moleque.
Por sua vez, Matos revidou Damasceno, afirmando que caso o prefeito fosse inocente ou não, caberia a Justiça apontar os culpados, e não ele.
“Você também está na frente de um homem e não de um moleque, senhor prefeito. Me respeite! Se caso o senhor não deve nada do qual vem sendo acusado, por que então esse desespero todo?”, rebateu o jornalista.
Durante a discussão, uma briga corporal entre os dois só não aconteceu, por intervenção de populares que presenciavam a cena.
Ainda da tribuna da Câmara de Vereadores, Bene Damasceno fez duras criticas e ameaças contra Salomão Matos, mas o jornalista ponderou, e disse que o desespero do prefeito não passa de teatro para mostrar às pessoas que ele não deve nada a ninguém. “Ele tem que explicar tudo isso é na Justiça e onde foi que ele socou o dinheiro e onde foi gasto e não a mim”, disse o jornalista.
Perguntado pela reportagem se Matos iria à Delegacia registrar um Boletim de Ocorrência contra o prefeito, o jornalista informou que “a situação não requer para tanto”.
“Eu não vou me diminuir a tanto para registrar um BO contra uma pessoa que não tem a mínima compostura. Sou do tempo que se resolve uma questão como essa com olho no olho. De homem para homem. É bom que ele venha quente porque eu não abro um milímetro. Do jeito que vier é comigo. Ele não disse que é homem? Então que venha!”, encerrou Matos sorrindo da situação.