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Prisão de Michel Temer é apoiada por aliados no Acre: “Nós não temos bandidos de estimação”

Por REDAÇÃO CONTILNET

Bico fechado

Se as principais estrelas do PT do Acre resolveram silenciar ante a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB), ocorrida nesta quinta-feira (21), seus adversários – incluindo o senador emedebista Marcio Bittar –, decidiram se pronunciar. E a favor da Lava Jato.

Máxima popular

O silêncio companheiro pode ser explicado pelo velho ditado popular, segundo o qual ‘não convém falar em corda em casa de enforcado’.

Autoexplicativo

Com Lula encarcerado na Polícia Federal em Curitiba – e outros quatro caciques do partido condenados (dos quais três ainda permanecem na cadeia) –, a o silêncio se justifica por si mesmo.

Aliança

No mais, comemorar a prisão de Temer seria um prato cheio para os frequentadores das redes sociais. Até porque o MDB se tornou aliado do PT em novembro de 2006, após a reeleição de Lula contra o tucano Geraldo Alckmin. O acerto para o que se chamou de ‘governo de coalizão’ foi firmado no Palácio do Planalto, entre o petista e Michel Temer.

Do amor ao ódio

O resto da história o leitor conhece bem. Com Temer de vice na chapa encabeçada por Dilma Rousseff, o (na época) peemedebista era adulado nos comícios como exemplo de lealdade e honradez. Deposta dona Dilma, o aliado passou a ser chamado de ‘golpista’.

Conversa pra boi dormir

Ora, o fato de a Lava Jato ter chegado ao emedebista desfaz o discurso sobre a seletividade das investigações, apontadas pelos companheiros como parte de um complô dazelites para aniquilar o PT. Mas isso já havia sido desmentido pela lista dos atingidos pela operação – a maioria parlamentares do PP, rebatizado Progressistas.

Reações

A começar pelo senador Marcio Bittar, do MDB do Acre, ficou provado que, ao contrário dos petistas, seus adversários políticos não possuem bandidos de estimação.

Sem exceção 

Bittar declarou respeitar a prisão do correligionário do mesmo modo que o fez em relação ao ex-presidente Lula. E foi além: “Não tem um partido santo”, assegurou.

Pesos e medidas iguais

A rechaçar o uso do critério dos “dois pesos e duas medidas”, Bittar defendeu o funcionamento da Justiça. E se não se mostrou exultante com o destino de Temer, a ponto – como disse – de “soltar fogos”, lembrou que também não fez pirotecnia quando testemunhou a condução de Lula à carceragem da PF em Curitiba.

Festejo

Na Câmara de Municipal de Rio Branco, a comemoração ficou por conta do vereador N. Lima (PSL) – ele sim, radiante com a notícia da prisão do ex-presidente.

Esperança

O entusiasmo do parlamentar do PSL tinha, porém, outra razão de ser, conforme explicou: N. Lima acredita que em breve a Lava Jato estenderá seus tentáculos até o Acre, para encaçapar muitas outras de rapina da flora local.

Aleluia!

O prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (Progressistas), promove na manhã desta sexta-feira (22) o que foi batizado de ‘Café da Manhã pela Paz’. Marcado para as 8 horas, no Teatro dos Náuas, o evento deverá reunir líderes das mais diferentes orientações espirituais e ideológicas.

Caminhos da paz

O objetivo do encontro é fortalecer “os caminhos pacíficos para o desenvolvimento social do município”, conforme afirmação do assessor de imprensa da prefeitura, jornalista Nelson Liano Jr.

No fio da navalha

Os vereadores cruzeirenses Marivaldo da Várzea e Lucila Brunetta estão com os dias contados, segundo fonte da coluna. Ambos devem perder os mandatos na Câmara por ter cometido infidelidade partidária. Eleitos pelo MDB, no ano passado eles migraram para o Progressistas na intenção de disputar vaga na Assembleia Legislativa. Vagner Sales acionou a ambos na justiça eleitoral e venceu a causa.

Dança das cadeiras

Com a saída de Marivaldo e Lucila, seus substitutos, ligados ao ex-prefeito Vagner Sales, haverão de desiquilibrar a balança na Câmara. Em desfavor do prefeito Ilderlei Cordeiro.

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