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Prisão de RO recebe metade da cúpula do PCC transferida ao sistema federal

Por UOL

Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia/Foto: Reprodução

Dos 22 integrantes da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) transferidos no mês passado para presídios federais, 12, incluindo o chefe máximo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, estão na penitenciária gerida pelo governo federal em Porto Velho, na capital de Rondônia.

O UOL obteve, por meio de consultas feitas nos processos individuais de cada um dos integrantes da cúpula do PCC, o local para onde foram transferidos. Além de Porto Velho, o destino de sete deles foi Mossoró (RN), e o de outros três, Brasília. Entre os que estão na capital do Brasil está Marcolinha, o irmão mais novo de Marcola.

Dos 22 transferidos mês passado, 15 são considerados do primeiro escalão na chefia da facção e estavam no presídio de Presidente Venceslau (SP), incluindo Marcola. Outros sete, do segundo escalão, estavam no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), em Presidente Bernardes (SP).

PARA ONDE FOI CADA INTEGRANTE DO PCC

PORTO VELHO:

MOSSORÓ (RN):

BRASÍLIA:

As determinações judiciais apontam que todos deverão permanecer nos presídios federais por ao menos 360 dias, sendo que, nos dois primeiros meses, em total regime de isolamento. As transferências ocorreram após o governo de São Paulo ter descoberto um plano de fuga de Marcola.

O presídio onde mais da metade da cúpula está fica localizado em uma área de mata densa, na rodovia federal BR-364, que corta o estado de Rondônia quase em paralelo ao rio Madeira e à divisa com o estado do Amazonas. As autoridades acreditam que, pela localização demográfica, o risco de uma fuga do local é menor.

Além dos 22 integrantes da cúpula transferidos em fevereiro, outros três criminosos com cargos altos da facção, que já estavam no sistema penitenciário federal, foram levados para Brasília em 17 de outubro do ano passado: Abel Pacheco de Andrade (Vida Loka), Roberto Soriano (Tiriça) e Wanderson Nilton Paula Lima (Andinho).

Desde 2011, quando os presídios federais foram criados, nunca houve registro de fuga ou rebelião. De acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), das 832 vagas mantidas nos quatro presídios federais existentes até o primeiro semestre do ano passado, 492 (59%) estavam ocupadas.

Dentro desses estabelecimentos, os presos ocupam celas individuais em total confinamento por 22 horas diárias, com direito a duas horas destinadas ao banho de sol, monitoradas de perto por agentes federais.

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