As instituições que compõem o sistema de segurança pública no Vale do Juruá e que estão sediadas em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Estado, estão sob inspeção desde a última quarta-feira (06). São visitas técnicas que estão sendo feitas pelo coronel Paulo Cezar, secretário de Estado de Segurança Pública, cuja peregrinação foi iniciada pelo quartel da Polícia Militar, delegacia geral de Polícia Civil, sede do Corpo de Bombeiros e Instituto de Administração penitenciária (Iapen). Paulo Cezar está acompanhado do coronel Mário Cesar, comandante da Polícia Militar do Acre.
De acordo com o secretário Paulo Cezar, as visitas são necessárias para que possa ser estabelecido um plano de melhoria ao sistema integrado de segurança pública em busca de soluções para os problemas encontrados na região. Na Delegacia de Polícia Civil foram encontrados problemas como baixo efetivo, de logística e estratégias para o enfrentamento ao crime. Uma das primeiras alternativas encontradas para superar os problemas da Polícia Civil ficou acertado que os boletins de ocorrências e queixas da população serão confeccionados pela Polícia Militar, por falta de material necessário na delegacia de Polícia Civil.
O secretário disse ainda que a estratégia de gestão por resultados, uma ideia extraída do setor empresarial e anunciada em primeira mão no site ContilNet, também será aplicada na região do Vale do Juruá. “Até o mês de maio isso estará implementado aqui”, disse o secretário.
Outra medida estratégica a ser tomada será em relação ao Centro Integrado de Operações. Ali haverá a terceirização do serviço de atendimento telefônico. Isso permitirá a liberação de pelo menos seis operadores que passarão a ser deslocados para o sistema de vídeo monitoramento inteligente a ser implantado na cidade de Cruzeiro do Sul.
No Corpo de Bombeiros, ficou decidido que a instituição será sede e dará apoio técnico a um novo tipo de policiamento na região: o fluvial – o Juruá, região banhada por muitos rios e igarapés, registra muitas ocorrências de crimes cujos criminosos utilizam barcos para os ataques e fugas, uma prática conhecida no meio policial como ações de “ratos d’agua”, na verdade crimes de pilhagem e outras ações nos mesmos moldes dos piratas em ataques a navios em alto mar, em séculos passados. “Pirataria de água doce”, definiu o secretário Paulo Cezar ao dizer que o policiamento fluvial vai combater esse tipo de crime.
O secretário também esteve na sede local do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), na sede do presídio “Emanuel Neri”. Ali ficou acertado com a direção que serão buscados órgãos, instituições e empresas capazes de ajudar na ressocialização dos reeducandos.