Vanderson conta sua versão do que aconteceu entre ele e as mulheres que o denunciaram

Vanderson Brito, o professor acreano de 35 anos que foi desclassificado do Big Brother Brasil 2019 para responder às acusações de estupro, abuso, importunação e agressões contra mulheres, teve inquérito encaminhado ao Ministério Público do Acre (MPAC) na semana que passou e quebrou o silêncio ao ser procurado pela reportagem do ContilNet.

Pela primeira vez, ele conta em detalhes a um veículo de comunicação, a sua versão do que aconteceu no dia do fato pelo qual é denunciado no único inquérito resultante das três denúncias formalizadas na Delegacia da Mulher. Responde a diversas perguntas, inclusive sobre suas relações com as mulheres que o acusaram em redes sociais quando ele entrou no programa global e depois formalmente. Duas das três denúncias, já arquivadas por falta de provas e extemporaneidade.

Se disse vítima de “espancadores midiáticos”, contra quem está tomando as medidas cabíveis e afirma rechaçar de forma veemente qualquer tipo de violência.

Sobre o BBB, o biólgo revelou que nunca antes assistiu ao programa e disse que o que mais lamenta, foi ter sido impedido de mostrar “realmente” o Acre, como participante.

Confira a entrevista exclusiva, na íntegra:

Contilnet – Como você se sente, como vê o momento e as denúncias ?

Vanderson – Muito tranquilo desde sempre. Meu baque foi em relação a família e amigos pelo o que poderiam ser rechaçados. Tenho total noção das coisas que aconteceram. Meu maior incômodo é que as redes sociais viraram um tribunal que te massacra. Segundo a Lei, você é inocente até que se prove o contrário. Segundo as redes sociais, é o contrário. Mesmo provando o contrário você continua pagando por isso.

Contilnet – Você se sentiu julgado, condenado e sentenciado?

Vanderson – Tudo isso. Saindo as matérias, pessoas que nunca vi na vida afirmando que sou assim que faço isso mesmo, foi bem pesado. Mesmo os casos sendo arquivados continuou-se falando isso.

Contilnet – Qual era a relação que você tinha ou teve com as mulheres que te denunciaram?

Vanderson – No primeiro caso, que foi a acusação de estupro, foi pesadíssimo. Depois de ser arquivado só se falou de ter caducado, de ter passado o tempo e ficou por isso mesmo e não ficou claro que não cometi. Acontece que o depoimento dado era altamente contraditório. Qualquer pessoa que tiver acesso, vai ver que o depoimento além de ser contraditório, não faz sentido o que é dito e o corpo de delito deu negativo.

Contilnet – Você afirma com segurança que nunca cometeu esse estupro?

Vanderson – Absolutamente. Não tenho contato nenhum com essa moça. Nós nunca tivemos contato. Ela é amiga de amigos e nos conhecemos assim, mas nunca como homem e mulher. Nunca tivemos relações.

Contilnet – E no segundo caso?

Vanderson – Foi por importunação. Fui acusado de ter assediado a moça numa festa. Com essa, tinha amigos em comum e conversava com ele por redes sociais. Tinha mensagens com ela no direct (ferramenta de bate-papo) do Instagram até dezembro do ano passado ela me mandando mensagens, me convidando para sair, me mandando o número do celular dela. Como eu te acuso de importunação e te convido para sair? É bizarro, até.

Contilnet – No que deu?

Vanderson – Com essa, eu tive uma audiência para saber se tinha acordo e de forma alguma eu aceito acordo. Quando eu aceito um acordo, eu estou assumindo uma culpa e estou dizendo “ok, eu não farei mais” e isso não vai acontecer porque ou eu provo minha inocência, ou arquivem-se todos os casos.

Contilnet – E sobre o caso de agressão física?

Vanderson – Foi a terceira denúncia. Essa foi a única moça com que eu tive um relacionamento bem curto, um mês, um mês e meio, sendo que nesse período eu fiquei 15 dias fora do estado. Eu vi que já não funcionaria muito bem um relacionamento porque, nesse curto espaço de tempo, já tinha uma dependência emocional dela e isso era desconfortável então resolvi me afastar.

Contilnet – Esse foi o caso encaminhado ao Ministério Público na semana que passou?

Vanderson – Sim. Inclusive o que aconteceu é que isso é um procedimento comum, é casual. Toda denúncia é encaminhada para o Ministério Pública e lá se decide se dará continuidade ou não. O que aconteceu é que foi passado de uma forma como se já tivesse sido condenado, mas se o Ministério Público resolver não acatar, nem vira ação, nem vira processo. Agora, a gente pode levar umas pessoas a mais, que não foram, para serem ouvidas.

Vanderson: “Meu baque foi em relação a família e amigos “

Contilnet – E existem testemunhas? O que aconteceu?

Vanderson – Acontece que nesse dia eu fui agredido por essa moça, porque ela, já vinha de umas situações complicadas e não aceitou o término do nosso namoro, da relação. Porém eu achei que poderíamos ser amigos, então continuava a convidando, como amiga, para sair quando saía com os amigos, para ir com a gente. Porque os meus amigos se tornaram amigos dela porque ela não tinha amigos e nesse dia ela abriu meu celular sem minha autorização e viu conversas com outras mulheres. Nós já tínhamos nos separado há algum tempo. Dessa forma ela ficou extremamente agressiva e começou a me agredir dentro do bar

Contilnet – Você não a agrediu? Não revidou?

Vanderson – Não. Ela foi retirada pelos seguranças e o dono do bar. De fora, ela começou e gritar, me chamando para sair, dizendo que eu era covarde, e outras coisas. Eles se propuseram a testemunhar, e algumas pessoas que estavam lá no dia, e outras com quem ela entrou em contato no dia seguinte pedindo que me procurassem para pedir desculpas porque ela tinha se excedido. Quando aconteceu isso eu bloqueie de redes sociais, do celular, cortei total contato. Isso foi em abril de 2018.

Contilnet – Você fez denúncia disso?

Vanderson – Quando aconteceu isso eu pensei em fazer um Boletim de Ocorrência e pedir medida protetiva, o que acabei não fazendo porque achei que não passaria disso. E não queria expor ninguém, porque a moça tem o trabalho dela, tem a vida dela, então achei melhor deixar quieto e cá estamos. Olha a contradição.

Contilnet – Ela formalizou alguma denúncia contra você à época desse fato?

Vanderson – Não. Não formalizou. As denúncias só aconteceram quando eu fui anunciado como participante do programa. [BBB].

Contilnet – Você assediava alunas?

Vanderson – É um absurdo. Gestores das escolas e secretarias que trabalhei sabem que minha carreira profissional é irretocável, é impecável. Somos relativamente jovens, você vai dar aula para o Ensino Médio, há assédio sim, mas a forma como eu tratava os homens, as mulheres e as crianças é a mesma, eu sou muito carinhoso então isso acaba confundido as pessoas, às vezes. Abraçar uma mulher que tenha algum tipo de interesse pode acabar gerando algum tipo de confusão também, mas eu nunca tive nenhum problema com alunas

Contilnet – Quanto tempo de profissão em contato com alunos e alunas?

Vanderson – São oito anos de educação, sendo seis em sala de aula, e dois com educação indígena. Quando as denúncias saíram, gestores e professores de escolas que trabalhei, colegas de trabalho, todos vieram em minha defesa porque sabem o que acontece. Eu cansei de ouvir alunas e até ajudar e encaminhar alunas em situação de abuso de parentes, de namorados. Não tem uma mancha sequer na minha carreira, nem como professor, e nem como professor de artes marciais.

Contilnet – A que você atribui as denúncias, então?

Vanderson – São denúncias feitas tardiamente e infundadas. A gente vive num estado muito pequeno, numa cidade pequena, onde o ego de algumas pessoas pode ser maior do que pensar no próprio bem do outro. Então para massagear o ego, as pessoas acabam ferindo o outro. Inveja, basicamente inveja.

Contilnet – De quem?

Vanderson – Acho que, a partir de impulsos de outras pessoas, uma foi a primeira pessoa que fez uma denúncia em rede nacional …

Contilnet – A Maíra?

Vanderson – Sim. Que fez essa denúncia primeiro, usando o facebook dela e a partir dali começou uma articulação aqui e acho que essa articulação foi que gerou tudo isso. Uma vontade de derrubar alguém.

Contilnet – Como foi sua relação com a Maíra e porque ela faria isso ?

Vanderson – Nós tivemos uma relação em 2010, que foi mais fraternal do que outra coisa. Moramos durante um ano, sendo que nesse tempo eu fiquei com ela efetivamente três meses. Os outros nove meses foi no período em que o pai dela foi fazer um transplante. Viajou, saiu do estado e ele me pediu para que ajudasse, cuidando dela e do irmão dela, porque a mãe, que inclusive é uma mulher excepcional, também viajou para cuidar dele.

Depois disso nós terminamos. Não foi bem aceito. Ela começou a namorar um amigo meu, que também parou de falar comigo. Depois eles terminaram e ele veio me pedir desculpas. Me contou algumas coisas que ela falava a respeito de mim e em 2015, ela me procurou. Me mandou mensagem para ver se a gente reatava, se era possível a gente voltar e eu falei que não existia mais nada. Que era impossível a gente ter algum tipo de relação. Foi quando os ataques começaram em redes sociais.

Contilnet – E o pai dela?

Vanderson – No primeiro ataque, o pai dela veio falar comigo. Me pedir desculpas. Tenho pessoas próximas a mim que estavam presentes no dia em que ele me encontrou e veio me pedir desculpas pelo que a filha dele estava fazendo. Eu só falei para ele manter a filha distante porque eu só quero viver a minha vida. Quero que ela viva a dela e eu viva a minha.

Contilnet – Mas vocês tiveram brigas acirradas com agressão? Você não a agrediu quando conviveram?

Vanderson – Nunca, nunca, nunca…

Contilnet – Puxão de cabelo? Empurrão?

Vanderson – Nunca, nunca, nunca… acho que meu maior orgulho é ter uma arte marcial e nunca ter usado isso na minha vida para agredir alguém.

Contilnet – Mas te acusaram também de usar suas habilidades como professor de aikido para agredir mulheres?

Vanderson – Foi a coisa que mais me ofendeu porque o nosso instituto, que é um instituto extremamente tradicional no Brasil, promove cursos de defesa pessoal para mulheres há anos e aqui no Acre, desde o ano passado, eu comecei a ministrar cursos de defesa pessoal para o público feminino e para o público LGBT, de graça e aberto.

Essa moça que disse que disse que eu a tinha agredido, ela foi minha aluna do curso de defesa pessoal. Tipo umas três semanas antes de tudo isso. Então ela tem o conhecimento de umas duas semanas que ela treinou comigo e usou isso contra mim no twitter.

Contilnet – Foi então o feminismo ou uma onda de solidariedade feminina que causou a repercussão toda do seu caso?

Vanderson – Ponto importantíssimo esse porque as pessoas usam de movimentos extremamente importantes e sérios para massagear o próprio ego e acabam diminuindo a força desse movimento. O movimento feminista é de extrema importância. Algo que eu respeito absurdamente. É algo seríssimo, mas infelizmente algumas pessoas se utilizam para gerar comoção, para algo pessoal. Por exemplo, quantas mulheres hoje sofrem de algum tipo de assédio e agressão e essas pessoas que se dizem as portadoras do bastão do feminismo aqui no Acre o que estão fazendo, além de ficarem falando nas redes sociais? Quem elas acompanham e como acompanham? Então é dito muita coisa e feito pouco. Tem mulheres incríveis que efetivamente atuam no movimento feminista, mas tem mulheres que só ficam com o celular postando coisas em redes sociais, essa é a diferença.

Contilnet – Sempre que se pergunta para alguma feminista o porquê de tanta violência contra as mulheres, a cultura patriarcal, o machismo e a misoginia aparecem nas respostas? Você é um desses?

Vanderson – Pelo contrário. Eu tenho na minha casa todo exemplo do que um homem não pode ser. Sou filho de um pai que abandonou a família, os filhos e fui criado e vivo com quatro mulheres: as minhas três irmãs e a minha mãe. E todas as mulheres com quem me relacionei, sem exceção, vieram falar com a minha família porque sabem quem eu sou e o que a gente viveu. Esse não é o meu lugar de fala, mas eu sei o que posso fazer, que posso fazer alguma coisa e venho fazendo sem precisar ser o desconstruidão, não é meu caso. Eu até corrijo alguns caras, que às vezes é grosseiro, mal educado. Um homem não pode falar de feminismo para uma mulher, mas pode falar para um amigo. Eu faço isso até em sala de aula, como professor, como sensei e no meu cotidiano como amigo.

Contilnet – E o programa? Como foi sua entrada? Era uma intenção sua, um projeto de vida ou foi por acaso?

Vanderson – Nunca assisti e nunca me inscrevi para o Big Brother. Quando olheiros me encontraram e entraram em contato comigo eu pensei: porque não ? Aí fiz as seletivas todas e deu certo.

Contilnet – O que te levou a aceitar entrar no programa, então?

Vanderson – É uma forma de mostrar para todo mundo o trabalho que a gente desenvolve no Acre com educação escolar indígena. Uma forma de trazer o aikido como uma opção de vida porque é uma arte que muda a vida das pessoas, que a gente ajuda pessoas, assim como as artes marciais de um modo geral. Então uma forma de levar o Acre, realmente, o Acre em si para o Brasil.

Contilnet – Nessa expressão “Acre realmente” tem uma crítica à Gleice Damasceno [participante do Acre, que venceu a edição de 2018]?

Vanderson – Não tenho crítica à moça em si. Na verdade, eu não a acompanho. Não a conheço e não tenho menor interesse. Só que eu acho que o Acre é muito mais do que algumas coisas que são mostradas. Ninguém de lá fora conhece o Acre de verdade. Era uma oportunidade e ainda vai acontecer.

Contilnet – Como assim?

Vanderson – Eu tenho certeza que essas situações que estão acontecendo não vão atrapalhar não. O projeto era mostrar o Acre, os povos da floresta e um pouco do aikido. E agora estamos mostrando isso de uma forma muito mais bonita, inclusive. Que é não indo de encontro a ataques. Eu recebo crítica todo dia. Ataques todo dia, as pessoas falam o que elas querem todos os dias, mas minha forma de resposta é diferente. Eu vou trabalhando, mostrando que não precisa esse tipo de agressividade.

Contilnet – Essa tem sido sua postura? Silenciar? Não responder? Você se recolheu?

Vanderson – Não. Eu me mantenho aqui. Não me recolhi e nem me silenciei nunca e nem vou, mas não respondo de forma agressiva. Por exemplo, falam sobre agressividade, usando artes marciais, de abusos agressivos com mulheres, eu respondo dando aulas de aikido, trazendo mulheres para o aikido, tenho um público.

Contilnet – As denúncias então não prejudicaram seu trabalho ?

Vanderson – Pelo contrário, a nossa maior busca é de mulheres. Meu maior público é de mulheres. Então isso não me atrapalhou forma nenhuma. Respondo de forma positiva. Essa tem sido a postura.

Contilnet – Você foi desclassificado do programa. Como foi?

Vanderson – Já houve casos anteriores. As partes foram ouvidas lá dentro. Houve até perícia criminal dentro do programa. Acontece que nesse caso específico quando eu fui convidado a ir ao confessionário. Acordei e ouvi a voz: “vá ao confessionário.”, aí já me falaram: “você vai ter que sair nesse momento para receber uma intimação e com isso você quebra uma das cláusulas do contrato que é o contato com o mundo externo. Se você vai ter que sair, não poderá mais participar do programa.”. Eu tava dormindo.

Contilnet – Mas antes disso, você já tinha ido ao paredão…

Vanderson – Agora que estava começando a entender o programa, tinha tido do primeiro paredão. Inclusive eu fico feliz demais porque, por mais que tenha tido uma semana de ataques, ataques, ataques eu não tinha saído por votação popular. Eu ainda fiquei. Saí no dia seguinte.

 

A delegada, em questão, estava há metros de distância de onde eu estava. Disseram que ela não quis ir à emissora, houveram especulações de que ela não quis ir ao Projac, no Rio de Janeiro, mas ela estava lá há algumas salas de onde eu estava.  Ela poderia sim ter ido lá, pois foi só para me entregar uma intimação.

Contilnet – Você acha que houve abuso? Que não precisava você ter saído da Casa?

Vanderson – De jeito nenhum. Até porque eu já tenho advogados trabalhando nisso. As pessoas conseguem visualizar certas coisas. A emissora se dispôs a liberar o espaço para que a delegada me ouvisse. Ela foi pessoalmente me entregar a intimação e foi embora. Simplesmente isso. Só me desclassificou.

Contilnet – A delegada que te prejudicou ?

Vanderson – Segundo uma das produtoras, ela perguntou se a delegada não queria me ouvir lá dentro mesmo que eles ajeitariam um espaço para isso e nesse caso eu não precisaria sair. E ela não quis. Disse que fazia questão que eu saísse.

Ela marcou a audiência para uma segunda-feira. Eu saí da Casa na quarta. Ela divulgou em todos os jornais, na mídia nacional o local, a hora e a data dessa audiência para me expor, de certa forma. Imagina eu chegar nesse lugar iria estar a mídia do Brasil todo lá. Aí eu voltei para o Acre na quinta, a emissora me trouxe de volta, então eles sempre foram muito gentis e muito corretos comigo.

Contilnet – Mas e a audiência?

Vanderson – Conseguimos trazer para cá e antes de audiência eu já fui conversar com a delegada daqui.

Contilnet – Está sendo tomada alguma medida, de sua parte, em relação às pessoas que teriam te prejudicado ou você vai deixar isso prá la?

Vanderson – Jamais porque a gente vive num período que todo mundo acha que pode falar o que quiser. Não fui só eu prejudicado. Minha família foi prejudicada. Tenho uma mãe que tá com 68 anos, tenho um pai que tá com câncer, que vai fazer uma cirurgia para retirar a metade da mandíbula, parte do esôfago. É uma cirurgia extremamente agressiva e eu não posso estar lá com ele porque tenho que ficar aqui para responder por mentiras, por calúnias, então eles mexeram com vidas. Não foi só com o status quo de alguém. Envolve muito mais do que simplesmente aparência.

Contilnet – Pode haver algum reparo?

Vanderson – A gente vai resolver isso com todo mundo que falou bobagem, um grupo grande de caluniadores, espancadores midiáticos.

Contilnet – Passa pela sua cabeça algum arrependimento do tipo: poxa, se eu não tivesse entrado no programa nada isso teria acontecido?

Vanderson – De forma alguma. É até uma forma de agora eu levantar uma bandeira. A internet não pode servir para você despejar o que quer, pois existem pessoas atrás de um computador, são histórias atrás da tela. Isso que está acontecendo está afetando não só a mim, mas todo um projeto que eu desenvolvo, minha família e meus amigos então é uma forma de proteger que isso aconteça com outras pessoas. Quem fez isso comigo será responsabilizado legalmente. Jamais eu ataquei nenhuma e nem expus nenhuma das pessoas e nem vou fazer. Tudo será feito judicialmente.

Contilnet – E a sua vida agora, como tem sido ?

Vanderson – Eu tenho recebido muito convite para trabalho, para trabalhos publicitários, de marketing, mas ainda fico aqui preso a essa situação. Segundo meus advogados eu poderia ir lá, fazer o trabalho e voltar, mas eu já vi como as coisas funcionam. As pessoas querem só uma pontinha para falar alguma bobagem, então eu prefiro ficar e provar minha inocência olhando nos olhos de quem falou o que falaram. Quero que digam na minha face, porque eu nunca tive nenhuma ação na minha vida. Meu nome não consta nem no Serasa.

Contilnet – Como as pessoas te tratam na rua, agora que você é uma figura pública e tendo sido denunciado por algo tão sério?

Vanderson – Olha é até engraçado porque eu continuo sendo o Vandinho, professor. E a cidade é pequena e a gente acaba conhecendo muita gente, mas as pessoas sempre vêm de forma muito positiva, pedindo para tirar foto, e eu percebo que os “haters” (inimigos, termo usado para denominar pessoas que postam comentário de ódio) estão na internet.

Contilnet – Para finalizar, o que você pensa sobre a violência?

Vanderson – Eu rechaço absurdamente a violência. O que eu mais prezo é a não violência. Mesmo em redes sociais. A arte que eu pratico é a não violência. É a minha forma de viver. Qualquer pessoa que convive comigo sabe disso.

 

 

 

 

 

 

 

 

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