Acadêmicos reclamam de postura da UFAC após intoxicação e Vigilância Sanitária vai no Campus

Após dezenas de estudantes reclamarem de intoxicação alimentar depois de almoçarem no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Acre (UFAC), na última quarta-feira (10), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) convidou todos os afetados para participarem de uma conversa com a Vigilância Sanitária nesta sexta-feira (12).

Vigilância Sanitária visita o Restaurante Universitário após denúncias de intoxicação/Foto: Reprodução

Segundo o DCE, as equipes da vigilância devem realizar um levantamento com dados dos alunos que relataram ter sofrido algum tipo de problema de saúde por ter ingeridos os alimentos do restaurante ou que reclamaram das condições da água nos bebedouros da universidade.

“Pedimos a compreensão e o comparecimento de todos para que possamos levantar as informações necessárias e tomar as providências cabíveis”, diz comunicado do DCE.

O presidente do diretório estudantil, Richard Brilhante, usou sua página no Facebook para criticar a postura da Ufac diante do ocorrido. Richard, que está viajando para participar do Encontro Nacional dos Estudantes (ENEH), em João Pessoa, lamentou que a instituição, mesmo diante de dezenas de denúncias, não reconheça os erros nem busque soluções para o problema.

“Dezenas de alunos com diagnóstico médico e sintomas de intoxicação alimentar por causa da comida do Restaurante Universitário e a Ufac, em vez de reconhecer o erro e buscar resolver o problema, testa a capacidade de milhares de estudantes emitindo uma nota que diz : “O bife ao molho de acerola, apresenta sabor acido, típico da fruta, o que pode ocasionar estranheza ao paladar” e que a “salada com feijão branco, cenoura cozida e ervas finas, pode apresentar aroma e sabor forte”. Lastimável professora Guida Aquino e Josimar Ferreira! Lastimável”, reprovou o acadêmico.

A universidade emitiu uma nota, ainda na tarde de ontem, 11 de abril, dizendo que o “bife ao molho de acerola apresenta sabor ácido, típico da fruta, o que pode ter ocasionado estranheza ao paladar” e que a “salada com feijão branco, cenoura cozida e ervas finas, “pode apresentar aroma e sabor forte”. Segundo a nota, a instituição não identificou problemas nos gêneros alimentícios, na água e nem na preparação das refeições servidas aos alunos.

Uma aluna do curso de Jornalismo também criticou a atitude da universidade. “O pior de tudo, foi o professor Sergio Siqueira pró-reitor de assistência estudantil, juntamente com a Ufac, soltarem uma nota alegando que a comida estava boa e que a culpa é da barriga dos alunos que é sensível a temperos. Em nem um momento se quer pediram desculpa ou lamentaram o ocorrido assumindo responsabilidade com as vítimas”, reclamou a aluna, que se identificou como Helen.

Denúncias

Na última quinta-feira (11) diversos alunos utilizaram uma rede social para reclamarem de mal-estar depois de terem ingerido a comida do restaurante universitário onde fizeram várias denúncias quanto aos alimentos servidos e a água consumida na instituição. Segundo os denunciantes, alguns alimentos apresentavam gosto e cheiro ruim e rãs teriam sido encontradas dentro dos bebedouros.

alunos utilizaram uma rede social para reclamarem de mal-estar depois de terem ingerido a comida do restaurante universitário/Foto: Prints do Instagram

Ainda de acordo com os relatos, alguns estudantes precisaram receber atendimento médico e outros não conseguiram participar das aulas. Um aluno do curso de Engenharia Elétrica, que não quis se identificar, disse ao ContilNet que começou a passar mal logo após ter almoçado no restaurante.

“Depois do almoço eu voltei pra sala de aula e logo em seguida precisei sair, sentindo muita dor de estomago. O único lugar que eu tinha comido era lá (no restaurante). Almocei normal, feijão, arroz, salada e carne”, relatou o aluno.

Na mesma página na internet onde foram feitas as denúncias, a rede social administrada pela direção da Ufac declarou está ciente dos casos e que a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) e a Unidade de Tecnologia de Alimentos (UTAL), iriam investigar os casos e atestar a qualidade da água e da alimentação servida no restaurante.

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