Relatório de inflação divulgado pelo banco Central na manhã desta quinta-feira (28) revela que o saldo de crédito no país a ser concedido pelos bancos deve ser acelerado em 2019. O relatório do BC é divulgado trimestralmente. A última divulgação aponta que, para este ano, o crescimento de crédito será de 7,2%. A estimativa anterior, divulgada em dezembro de 2018, era de 6%.
Em 2018, o saldo do crédito cresceu 5,1%, após contração de 0,5% registrada em 2017. O processo de aceleração do crédito reflete, principalmente, o recuo das taxas de juros, a redução dos indicadores de risco e a inadimplência em patamares baixos, diz o economista Orlando Sabino, professor do departamento de Economia da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Por isso, o saldo do crédito para as pessoas físicas deve crescer 9,7%, para as pessoas físicas, e 4,1%, para as empresas. Para o crédito livre, quando os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e para definir as taxas de juros, a projeção de expansão é 12,5%, com aumentos de 13% e 12% para os saldos de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas, respectivamente.
A expectativa para o crédito direcionado, aquele com empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura, é 0,8% em 2019, com aumento de 6% para as pessoas físicas e redução de 6% para as empresas.