Bestene diz que não manda na Saúde e acusa plantonistas de “plantarem a discórdia”

Ao utilizar a tribuna durante a sessão desta terça-feira (30) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual José Bestene (Progressistas) foi enfático ao afirmar que, ao contrário do que dizem, ele não manda na Saúde e pediu que possíveis fraudes no processo simplificado da Saúde sejam apuradas e os responsáveis punidos.

A assertiva do parlamentar deve-se a declarações que chegaram até ele de que o mesmo estaria indicando pessoas para ocuparem os cargos disponibilizados na seleção que foi aberta e posteriormente cancelada pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

“São esses plantonistas que vivem plantando discórdia, que dizem que o Bestene manda na saúde e eu quero dizer novamente que é uma mentira. Eu sou uma pessoa que oriento. Antes diziam que os concursados eram peixe do Bestene. Não é verdade.”, enfatizou.

Bestene disse que Governo não é contrário a CPI/Foto: Reprodução

Sobre o recente processo simplificado para contratação de profissionais da Saúde Pública, o deputado disse que chegou a orientar que na formação da comissão houvessem membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Ministério Público do Acre (MPAC), e da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

“Infelizmente fizeram duas comissões. E eu cobrava do secretário e da pessoa responsável e me diziam: ‘não. Tá tudo tranquilo. Vai ter a comissão julgadora e a comissão revisora’, mas eu tinha certeza que ia descambar para o que aconteceu. Nós recomendamos, de imediato, que o secretário de saúde chamasse uma coletiva de imprensa e tornasse público para cancelar o processo simplificado e essa comissão de sindicância, com pessoas do TCE, MPAC e PGE, e em se encontrando algumas facilidades ou irregularidades que se abra um processo administrativo e cabe a esse profissional a ser punido.”, defendeu.

Exaltado, Bestene disse que aqueles que tentam lhe atacar estão perdendo tempo. “Esses plantonistas que ficam pelas esquinas plantando a discórdia, não vão me atingir. Mas não vão mesmo.”, afirmou destacando o trabalho já realizado na Aleac, a gestão como  secretário de saúde, e à frente do antigo Deas, atual Depasa.

“Na minha vida pública quem tentar vai perder tempo. Passei 15 anos fora da política e voltei. Agradeço à população por ter reconhecido. Não vai ser nesse mandato que vou ser ‘pau mandado’ de ninguém. Eu sempre me pautei pela responsabilidade e muitas vezes pela minha independência dentro do Parlamento. Essa é minha linha e não vou mudar. Quero estar bem com a opinião pública, quero olhar para as pessoas de frente.”,

Antes de concluir, o deputado disse que a classe médica conhece sua forma de atuação e que existem plantonistas que trabalham horas a menos da contratada e que chegam a recusar o local onde irão atender.

“Nós batemos de frente com isso. Tem profissionais que tem 30 horas, mas só quer dar 3 horas de serviço e as outras 27 horas querem estar nas suas clínicas. Isso tem que ser dito e não tem que ter medo. O profissional tem contrato com o Estado e não quer ser lotado na Baixada porque na Upa o fluxo é grande. Que conversa é essa? Se precisar tem que ser lotado sim e tem que trabalhar. É assim que o gestor tem que olhar o Sistema Público de Saúde. Sem passar a mão na cabeça de ninguém.”, destacou.

 

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