Quem pensa que a música autoral não encontra espaço no Acre, pode estar enganado. A cultura musical local pulsa forte e os compositores se reinventam, correm atrás, superam as dificuldades e se deixam motivar pela arte. É o caso de Alexandre Fonseca.
Empresário do ramo imobiliário e, radialista profissional na Rádio Capital por quase 20 anos, ele retrata em suas canções a noite do Acre, especialmente no tempo dos anos 70,80 e 90 e mesmo na era digital, o Fonseca contabiliza o sucesso de já ter vendido quase 7 mil cópias de seu primeiro CD.
“Com o título ‘Amor com você’, lancei o primeiro disco em 2016. São 10 faixas e quatro delas tem clipes no youtube e no facebook. Estou preparando o segundo trabalho com cinco músicas já prontas. Viajo no meio do ano para gravas e antes do final do ano, terei mais duas canções. Também está previsto um show no Teatrão para o final de junho onde farei a apresentação das canções que já estão prontas.”, disse ele relatando sua programação.
Dentre as músicas já prontas ele destacou: “’Sem um porque’, que fala sobre a noite de Rio Branco e retrata o que acontecia nos anos 70,80,90; ‘Pensando Nela’ e ‘Te amo demais’, no estilo sofrência em ritmo sertanejo com pegada moderna. E já está tocando nas rádios, ‘Magia no olhar’, uma balada romântica; e ‘O amor fala mais alto”, um xote arrocha.”, detalhou.
Alexandre Fonseca disse que além de composições próprias, existem algumas em parceria com Adriano e Farides Mendes.
Acreano, de Senador Guiomard, Fonseca tem 35 anos de música e sua carreira vem desde os áureos tempos dos Festivais locais como o da Praia do Amapá e o Famp (Festival Acreano de Música Popular).
Ele lembra também dos carnavais de rua em Rio Branco. “Fui um dos precursores, eleito melhor interprete de samba, tive oportunidade de conhecer sambistas famosos, Jamelão, Gracia do Salgueiro, Neguinho da Beija Flor, Bira Hawaí da Estácio de Sá, entre outros e fazer intercambio no Rio de Janeiro e Manaus.”, contou.
Fonseca disse ainda que, na época, o carnaval de rua de Rio Branco chegou a ser considerado um dos melhores do Brasil. “Foram muitas parcerias com os sambistas do Rio de Janeiro e na Getúlio Vargas chegava a ter 20 mil pessoas na rua com desfiles das escolas de samba e blocos carnavalescos. O atrativo era a disputa entre os bairros que se organizavam para contar suas histórias e isso criava uma rivalidade e fazia com o que o carnaval tivesse bons enredos, bons desfiles. Foi um momento interessante da cultura local. ”, lembrou.
Alexandre Fonseca desenvolve um projeto social, o “Projeto Mão Amiga”, por meio do qual, segundo ele, a renda das vendas dos CDs é revertida em beneficio de pessoas carentes de Rio Branco.
Mais informações, contato com o artista e compra dos CDs, pelo telefone (68) 9984 4150