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Combate à violência contra a mulher exige um esforço conjunto, diz Vanda Milani

Por ASCOM

“O Brasil ocupa um vergonhoso 5° lugar nos índices mundiais de feminicídio”. A declaração, em discurso, é da deputada Vanda Milani (SD), com base no levantamento acerca da violência contra a mulher realizado  pelo  Datafolha por solicitação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A deputada lembrou que, nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram  tentativa de estrangulamento  no Brasil, enquanto 22 milhões de brasileiras passaram por algum tipo de assédio. ”São números assustadores”, destacou a parlamentar.

O que mais surpreende, segundo Vanda Milani, é que 42% dos casos de violência contra a mulher ocorreram dentro do ambiente familiar e mais da metade das vítimas (52%) não denuncia ou procura ajuda. Para a parlamentar, os dados mostram a situação insustentável vivida por muitas mulheres brasileiras. “Vale lembrar que muitos casos não chegam ao conhecimento das autoridades, nem sequer das famílias”, lembrou a deputada, que conhece de perto o problema uma vez que, em sua vida pública, já ocupou os cargos de sargento da PM, delegada de polícia, promotora e procuradora de Justiça.

Segundo a deputada, 2% dos casos de violência contra a mulher ocorreram dentro do ambiente familiar/Foto: ascom

Maria da Penha.

Vanda Milani destacou que , em que pese os avanços como a Lei Maria da Penha, muitas vezes a mulher não tem coragem de denunciar já que o companheiro ou marido é o provedor da casa. “Ou simplesmente por temer que a violência atinja um alvo maior : seus próprios filhos”. A deputada destacou ainda que a violência se revela de diferentes formas ,como a física, psicológica e até patrimonial(quando o agressor manipula a vítima a ponto de se apossar de seus bens).Para Vanda Milani, a prevenção e combate à violência exigem um esforço amplo  e conjunto que vai da recepção, assistência, tratamento e até o acompanhamento das vítimas. “Sem esquecer, é claro, o trabalho de mudança ,a longo prazo, dos modelos culturais vigentes”, finalizou.

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