Nove dos 16 deputados estaduais que assinaram proposta do colega Jenilson Leite (PC do B) para a criação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que deveria investigar a Energisa, empresa de capital privado de distribuição de energia elétrica no Acre, retiraram seus nomes do requerimento. Significa que a proposta está esvaziada e a CPI pode ter sido abortada.
O autor da proposta disse que vai reapresentá-la na sessão da próxima terça-feira (16), mas dificilmente a CPI passa se mais um deputado não aderir a ideia. Significa que restam sete nomes apoiando a ideia e o deputado Jenilson Leite espera conseguiu o oitavo voto, que deve ser o do deputado Jonas Lima (PT), que não estava na sessão de hoje. A bancada do PC do B, que inclui o deputado Edvaldo Magalhães, vai convocar a população a lotar as galerias da Assembleia no dia 16 a fim de pressionar os deputados a não mais retirarem seus nomes a fim de que a CPI possa ser aprovada e instalada.
A derrota do requerimento está sendo comandada pelo líder do governo, deputado Gehlen Diniz (Progressistas). Ele disse que a proposta de Jenilson Leite, ao contrário do que foi anunciado, é uma armadilha contra o governo Gladson Cameli. Segundo ele, com a CPI, Jenilson Leite quer é discutir o valor do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), que é cobrado nas contas de energia. “Esses valores foram instituídos no governo anterior e o deputado nunca questionou. Então, a CPI é contra o governo de Gladson Cameli, que está só começando”, disse.
A assinatura dos 16 deputados, na sessão de terça-feira (9), deu-se em decorrência da presença de populares nas galerias, fazendo com que muitos deputados jogassem para a plateia.