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Meio Ambiente participa de Seminário sobre Secas e Inundações

Por ASCOM

Mais de 180 representantes do Brasil, Peru e Bolívia elaboraram propostas de soluções para eventos extremos durante o “Seminário Secas e Inundações: Construindo Soluções Globais a partir da Região MAP”, que aconteceu nos dias 23 e 24 de abril, no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac). A Região MAP, é uma área trinacional que engloba a Região Madre de Dios/Peru, o estado do Acre/Brasil e o Departamento de Pando/Bolívia. O seminário é uma iniciativa do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico, Cultura, Habitação e Urbanismo (Caop/Maphu), Rita de Cássia Nogueira Lima, participou do evento, que contou também com a presença dos promotores do Ministério público das cidades do interior do Acre.

Entre as propostas do documento final estão a aquisição de drones, equipamentos de gravação de imagens aéreas, para monitorar queimadas e auxiliar no combate a crimes ambientais, além da criação de um grupo internacional do Ministério Público para atuar nas questões relacionadas ao Meio Ambiente, especialmente na bacia do Rio Acre.

/Foto: Ascom

A diretora executiva da Sema, Vera Reis, destacou a importância do Seminário. “A participação da Sema é relevante porque já temos projetos na bacia trinacional do Rio Acre. Temos essas ações integradas tanto do ponto de vista das áreas naturais protegidas quando do ponto de vista da gestão de recursos hídricos transfronteiriços”, explicou.

O diretor do Instituto Nacional de Defesa Civil do Peru, Eric Segura, elogiou a iniciativa. “Esperamos que neste seminário, com esse conjunto de ideias, possamos colocar em prática essas soluções, particularmente para fazer frente a falta de recursos hídricos, não somente para nós humanos, mas para nossa flora e fauna”, disse.

“Precisamos de uma proposta de como encarar as secas e inundações nos três países. Estamos aqui para oferecer um aporte em busca de soluções”, comentou o representante do Ministério Público da Bolívia, Juan Carlos. Ele considera muito importante conduzir o tema em conjunto e sugeriu a criação de um grupo internacional do Ministério Público para atuar nas questões ambientais da Região MAP.

Para a diretora do PZ, Cristina Boaventura, a realização do seminário com foco na região MAP é o resultado do projeto MAP Resiliências que vem sendo desenvolvido há dois anos na gestão da bacia trinacional do Rio Acre.

“Elaboramos um documento elencando todas as propostas de soluções construídas aqui com os técnicos, pesquisadores e a comunidade, que será encaminhado aos poderes públicos”, argumentou professora Cristina.

A avaliação do coordenador geral do MAP Resiliência, Foster Brown, foi positiva. “Tivemos uma sessão muito produtiva. Se tivéssemos uma reunião somente sobre problemas, todo mundo ia sair deprimido. Mas ao buscar as soluções, todos saíram felizes. Para mim um dos destaques dessas soluções é a possibilidade de criar um instituto global do Ministério Público que vai atuar diretamente nesta Região MAP”, concluiu Foster.

Medidores de Fumaça

Durante a cerimônia de abertura, 30 medidores de fumaça foram entregues pelo Ministério Público e serão distribuídos em todos os municípios do Acre para o monitoramento em tempo real da qualidade do ar. De acordo com Rita de Cássia Nogueira Lima, este é mais um pioneirismo do Estado do Acre, que vai passar a utilizar da tecnologia para determinar o nível de concentração de poluentes presentes na atmosfera.

Os dados produzidos pelos sensores podem ser acompanhados pela internet através do link www.purpleair.com/map. No Brasil, atualmente, existem somente três sensores, dois no Acre e um no Rio Grande do Sul. Com os novos equipamentos, o Acre passará a monitorar a qualidade do ar em 32 pontos do Estado.

De acordo com Vera Reis, a iniciativa da Ministério Público vai auxiliar na coleta de dados já realizada na Sala de Situação de monitoramento hidrometeorológico da Sema. “Vamos utilizar o conjunto de dados produzidos nesses sensores para produzir informações que possam ser
acessadas e compreendidas pela população”, disse.

“A gente não quer com esses equipamentos somente registrar dados. Nós queremos desenvolver projetos e estratégias para que possamos interferir positivamente nas mudanças climáticas”, comentou.de modo geral em relação a questão da qualidade do ar. A partir da análise dos dados vamos apresentar proposições relativas a medidas a serem tomadas em parceria com as demais instituições”, complementou a promotora Rita de Cássia.

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