Para alguns, uma inovação. Para outros, retrocesso e falta de assistência. O fato é que vários sites discutem a telemedicina, tecnologias aplicadas à medicina. Profissionais como Drauzio Varella, por exemplo, defendem humanidade da medicina.
“Medicina é uma profissão que a gente faz com a mão. Eu acredito nisso firmemente. Sem tocar, sem auscultar, sem examinar, você vai fazer uma coisa que pode ser um cuidado de saúde, mas não chama medicina”, disse o doutor e foi destacado pelo Uai, UOL e outros portais no último fim de semana.
O assunto veio à discussão por causa e projetos como a startup Canguru. A plataforma destinada a gestantes conta com mais de 400 mil usuárias em todo o Brasil. Um evento em que se discutiu tecnologia em saúde contou com a presença de Gustavo Landsberg, médico de família e comunidade, fundador e CEO desse app.
O CEO afirmou que as mulheres que usam o aplicativo são de todas as classes sociais, sendo que dois terços delas são atendidas pelo SUS. “Ele contou que, por meio da plataforma, descobriu uma mulher que mora na divisa do Acre com o Peru e usa a ferramenta”, destacou o Uai.
“Fiquei curioso e liguei para ela. Ela disse: ‘esse aplicativo tira mais minhas dúvidas do que meu médico. Eu só soube que estava em trabalho de parto por causa do aplicativo. Eu olhei como era a contração, fui seguindo as recomendações’. Ela foi para a maternidade na hora certa e teve parto normal”, relatou Landsberg.
“Fiquei curioso e liguei para ela. Ela disse: ‘esse aplicativo tira mais minhas dúvidas do que meu médico. Eu só soube que estava em trabalho de parto por causa do aplicativo. Eu olhei como era a contração, fui seguindo as recomendações’. Ela foi para a maternidade na hora certa e teve parto normal”, relatou Landsberg.