Apesar de existir gente por aí que não se importa em absoluto de examinar — e até de comer — a meleca produzida pelo nariz, a verdade é que a maioria de nós prefere não ficar olhando muito para ela, não!
No entanto, embora os médicos raramente façam diagnósticos de doenças baseados na observação dessa secreção, o muco que produzimos pode revelar algumas coisas a respeito da nossa saúde.
Pensando nisso, o pessoal da Cleveland Clinic desenvolveu um interessante infográfico — que você pode conferir através deste link — no qual explicam o que a cor da meleca de nariz pode significar, e nós aqui do Mega Curioso compilamos as informações para você conferir a seguir:
Transparente
Sinal: tudo dentro da normalidade.
Todo mundo produz meleca — o tempo todo, 24 horas por dia, sete dias por semana —, e um adulto produz, em média, 1,7 litro de muco diário. Composta principalmente por proteínas, anticorpos, água e sais diluídos, sua principal função é manter as fossas nasais lubrificadas e agregar umidade ao ar que respiramos, e boa parte dessa secreção acaba descendo pela garganta até chegar ao estômago, onde ela é dissolvida.
Branca
Sinal: congestão nasal.
Quando sofremos com resfriados ou infecções nasais, os tecidos que revestem as narinas se tornam inchados e inflamados, dificultando o fluxo do muco, que, por sua vez, perde parte de sua umidade e fica esbranquiçado e mais espesso.
Amarela
Sinal: resfriado ou infecção em progresso.
Digamos que a congestão nasal piorou e o resfriado chegou para ficar. Isso faz com que o organismo mobilize o sistema imunológico para combater a infecção, enviando um exército de células até o foco do problema. Entre essas células estão os glóbulos brancos que, após cumprir suas tarefas, são eliminados através do muco, conferindo à secreção uma coloração amarelada.
Verde
Sinal: sistema imunológico travando uma batalha.
Após um longo período de batalha — os resfriados costumam durar entre 10 e 14 dias —, o muco pode se tornar progressivamente mais espesso e cheio de células e outros vestígios do combate, adotando uma tonalidade esverdeada. Pois se os sintomas persistirem por mais dias e, para piorar, vierem acompanhados de febre e náusea, isso significa que a meleca verde pode ser sinal de sinusite ou de uma infecção bacteriana. Nesse caso, vá ao médico!
Rosada ou vermelha
Sinal: sangue na área.
Apesar de a meleca rosada ou vermelha indicar a presença de sangue na secreção, não há motivo para entrar em pânico. Isso pode ser consequência de pequenas fissuras no tecido que reveste a cavidade nasal — geralmente provocadas por ressecamento ou alguma irritação.
Marrom
Sinal: depende…
Quando a meleca apresenta uma cor puxando para o marrom, existe a possibilidade de que ela contenha sangue — o que significa que este caso é semelhante ao descrito no item anterior. Mas se não se tratar de sangue misturado à secreção, a tonalidade estranha pode ser resultado de algo que foi inalado, como terra ou poeira.
Preta
Sinal: depende…
Fumantes e usuários de drogas podem apresentar meleca na cor preta. No entanto, se esse não for o caso, a secreção com essa coloração pode ser indicativo de uma infecção séria causada por fungos. Sendo assim, em qualquer das três opções — cigarro, drogas ou infecção —, procure a ajuda de um médico!
Mais informações melequentas:
Já aconteceu com você de, em um dia muito frio, o seu nariz ficar escorrendo sem parar e até de se formar uma gotinha na ponta da sua narina? Pois em vez de muco, o excesso de líquido é, em sua maior parte, composto pela água presente no ar frio que você respirou e se condensou em contato com o tecido que reveste a fossa nasal.
Existe uma doença rara chamada granulomatose com poliangiite — ou Granulomatose de Wegener —, cujos sintomas incluem sangramentos nasais frequentes, deformação do nariz e fluxo constante de muco com presença de pus.