Teve início nessa segunda-feira, 01, a fase precursora do Projeto Rondon, do Governo Federal, que este ano estará em 12 municípios acreanos. O projeto nasceu em julho de 1967 e leva professores e alunos universitários para as comunidades mais distantes e carentes do país, com foco na formação do jovem universitário como cidadão, no desenvolvimento sustentável para comunidades carentes e na difusão do conhecimento.
A última vez que o projeto esteve no Acre foi em 2005. Essa etapa do projeto foi lançada ano passado em parceria com o Governo do Estado e com a Associação dos Municípios do Acre (AMAC), que é presidida pela prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, que disse: “Quero cumprimentar os 12 municípios que vão receber a visita do Projeto Rondon. Para o Acre é uma alegria receber novamente uma edição desse projeto de tão relevante contribuição para o país”. E continuou falando sobre a parceria da AMAC com o Projeto Rondon e da sua expectativa para essa etapa do projeto, aqui no Acre: “A AMAC é de todos os municípios do Acre. E nosso papel é ajudar em tudo que estiver ao nosso alcance. Tenho certeza que os professores e alunos encontrarão comunidades cativantes. Eles vão ensinar, mas também vão aprender muito! E sei que todos vão ganhar com isso”, comemorou Socorro.
Para o professor universitário Flávio Sampaio, formado na Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, essa fase do projeto — onde eles conhecem os municípios e comunidades que irão atuar — é fundamental: “Vamos ao local para diagnosticar e conhecer a realidade de cada município. Vamos conversar com os gestores locais e com as pessoas, para saber as reais necessidades que cada comunidade possui. Após isso, confrontamos com o que estávamos pensando, fazemos a adaptação, junto com os alunos, para atender a realidade local”. E seguiu: “É importante acolher a comunidade. E levar conhecimento, saberes. Nosso objetivo é capacitar multiplicadores de conhecimentos”, finalizou.
Um dos 12 municípios contemplados com o projeto é Porto Acre. E o prefeito do município, Bené Damasceno, também comentou a importância para as comunidades: “É um prazer receber o Projeto Rondon. Porto Acre é um município muito difícil de administrar, são cinco municípios em um, já que são comunidades dispersas. Mas tenho certeza que esses professores e alunos virão para trocar experiências, para que possamos desenvolver ações sempre voltadas a coletividade”, declarou Bené.
O Coordenador de comunicação do Projeto Rondon, o Tenente-Coronel Alexandre Scholtz, esclareceu sobre essa etapa do projeto: “O projeto foi lançado no ano passado e agora estamos aqui com os professores e coordenadores que vão participar da operação. Ainda hoje, cada um deles, irá conhecer o município que vai atuar durante a operação, que ocorre em julho”. Ele também agradeceu os parceiros: “O projeto Rondon é uma grande parceria. É um programa de governo, atualmente coordenado pelo Ministério da Defesa. Aqui no Acre, a gente tem a ajuda do Governo do estado, do exército, das 12 prefeituras que vão receber o projeto e, também, uma importante ajuda da Associação dos Municípios do Acre (AMAC)”.
A primeira operação do Projeto Rondon aconteceu em 1967, Sendo que o projeto foi criando efetivamente em 1968 e durou até 1989. Após longo hiato o projeto, que leva o nome do bandeirante do século XX, Marechal Cândido Rondon. Foi reiniciado em 2005. E, desde então, já executou 83 operações, incluindo essa que está em curso e que contemplará as cidades acreanas de: Brasiléia, Epitaciolândia, Assis Brasil, Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Porto Acre, Feijó, Manoel Urbano, Bujari, Senador Guiomard e Xapuri.