Relatório final diz que todos os exames deram negativos para doença de chagas

A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa) divulgou nesta segunda-feira (8) o relatório final com os resultados dos 218 exames realizados para doença de chagas, que estavam em análise, e nenhum apresentou registro da doença relacionados ao Açaí.

Segundo a Secretaria, ao todo foram feitos 4.150 exames, no período de 4 a 22 de fevereiro, após a SEMSA anunciar a contaminação do açaí vendido no mercado Elias Mansour e convocar a população que consumiu o produto oriundo do mercado, entre novembro de 2018 e janeiro deste ano, para fazer os exames.

Foram 218 exames realizados entre os dias 4 e 22 de fevereiro/Foto: ascom

No primeiro lote, foram feitos 3.934, que tiveram os resultados divulgados ainda no mês de fevereiro, e nenhum apresentou resultado positivo para a doença.

“Nenhum exame apresentou resultado positivo para Doença de Chagas Aguda, que, pudesse ter relação com o consumo de açaí exposto e comercializado no Mercado Elias Mansur no período respectivo”, informou a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica da SEMSA, Socorro Martins.

Ainda de acordo com o relatório, foram realizados 640 exames sorológicos, com confirmação de um caso, mas que já figurava como positivo para a Doença de Chagas Crônica desde 2011. No entanto, segundo Socorro Martins, duas pessoas continuam realizando exames.

Contaminação

A contaminação no açaí foi confirmada pela Secretaria de Saúde no dia 1º de fevereiro, quando em coletiva à Imprensa, foi divulgado o resultado da análise do açaí vendido na cidade.

No ano de 2018, no período entre novembro e dezembro, o Departamento de Vigilância Sanitária do Município realizou coleta de polpa do Açaí vendido no Mercado Elias Mansour, Ceasa, Mercado do Quinze e Manoel Julião. As amostras coletadas foram encaminhadas para análise laboratorial.

As amostras apresentaram resultados satisfatórios, exceto o laudo da que foi coletada no mercado Elias Mansour e entorno, que apresentou resultado positivo para fragmentos de DNA de Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas.

Regulamentação

Após confirmar a contaminação do açaí comercializado no centro de Rio Branco e realizar chamamento público para a população fazer exames, a prefeita Socorro Neri assinou o Decreto nº 709, de 13 de março de 2019, que estabelece requisitos higiênico-sanitários para as boas práticas de manipulação de polpa de açaí fluido e congêneres por pequenos batedores, de forma a prevenir surtos por doenças transmitidas por alimentos (DTA).

O documento leva em consideração diversos aspectos, dentre eles a relevância econômica e social da cadeia produtiva do Açaí e congêneres no âmbito do município de Rio Branco, visando à geração de emprego e renda para a população.

O decreto também estabelece que todo estabelecimento com atividade de interesse à saúde desenvolvida na capital deverá possuir alvará sanitário expedido pela Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA.

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