Pense numa escola completamente silenciosa com alunos quietos e concentrados. Parece difícil não é mesmo? Mas não é. Isto porque a prática da meditação, quando estimulada na infância, pode trazer muitos benefícios, ainda mais em uma rotina tão agitada e conectada. Em escolas norte-americanas esta já é uma realidade conhecida, tendo em vista que a meditação e a yoga já são implementadas há quase 20 anos. Não é à toa, que hoje, os Estados Unidos é o país que mais estimula essa prática de conhecimentos milenares em escolas e universidades, ficando atrás só da índia.
Aqui no Brasil, a relação entre a meditação e o sistema educacional vem florescendo e um número considerável de escolas da educação básica tem procurado introduzir tais atividades em sua grade curricular. “Atividades que proporcionam o autoconhecimento e uma percepção maior das emoções ajudam muito. E quanto antes os pequenos iniciarem essas práticas, mais cedo eles vão encontrar outras formas de expressar os seus sentimentos e desenvolver características importantes, como o autocontrole”, analisa psicóloga Ana Afonso, que defende as práticas meditativas para a crianças.
Para a psicóloga, também é importante que as escolas passem a abordar mais as questões comportamentais e deixem de focar apenas nos conteúdos curriculares. Por meio da meditação, as crianças aprendem a se relacionar com as próprias limitações e emoções, sem contar os benefícios como redução da ansiedade e aumento da concentração. Com isso, elas desenvolvem um convívio mais harmônico com os colegas, professores e familiares. Ou seja, apesar de melhorar o desenvolvimento escolar, o aprendizado vai para a vida e além dos muros das escolas.