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Brasil possui 30,2% do território em unidades de conservação e terras indígenas

Por MÁRCIO BITTAR*

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Os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), trabalhados e analisados pela Embrapa, incomodam profundamente os militantes ambientais. Acostumados ao discurso fácil e meramente emocional, eles não enxergam com clareza algumas verdades factuais. Duas, em particular, são aterradoras para os que vivem da ideologia ambientalista: o produtor rural brasileiro é o agente social que mais preserva o meio ambiente; e o país tem mais de 66% do seu território em vegetação nativa preservada. Ora, os fatos arrolados desmontam os fracos argumentos repetidos pelos ambientalistas militantes travestidos de jornalistas, professores e cientistas.

Em uma espécie de desespero, militantes passam a difamar, sem pudor, a riqueza dos dados do CAR e as conclusões lógicas advindas dos números. Recheiam páginas nos jornais com falsos argumentos de pseudo autoridade com o objetivo de cercear, limitar e barrar qualquer opinião contrária às falácias ambientais. Hoje, em nosso Brasil, tem-se uma verdadeira indústria da mentira paga a peso de ouro. Essa indústria se pretende científica, porém não suporta o debate aberto e franco de hipóteses e de fatos como reza a boa ciência. Não diferencia ciência de mito e é mestre em propagar dogmas e ideologias que escondem interesses político-econômicos internacionais.

Senador Márcio Bittar, do MDB-AC/Foto: ascom

A título de informação, a Agencia Espacial Norte-Americada (NASA) e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), baseados em monitoramento por satélites, calcularam as áreas cultivadas do planeta e comprovaram os dados antecipados pela Embrapa. Em novembro de 2017, a NASA chegou à conclusão de que o Brasil utiliza apenas 7,6% de seu território com lavouras, somando 63.994.479 hectares. Em 2016, a Embrapa Territorial já havia calculado a ocupação com a produção agrícola em 7,8% ou 65.913.738 hectares.

Em quem devemos acreditar? Na Embrapa e na NASA, com dados factuais, ou em ONGs financiadas por instituições mantidas por grandes empresas estrangeiras, que meramente repetem ideologias e mitos? Em uma rápida pesquisa em documentos contábeis de ONGs ambientalistas, como o Observatório do Clima, podemos relacionar entre os seus financiadores a Gordon and Betty Moore Foundation, de propriedade de industriais do Vale do Silício; a Norway´s International Climate and Forest, Agência do Ministério de Relações Exteriores da Noruega; a Good Energies Foundation, fundação privada com sede na Suíça criada em 2007 como parte da Good Energies Inc., empresa de capital privado especializada em investir nas indústrias de energia renovável e eficiência energética.

Esses são apenas alguns exemplos, a lista de instituições e redes de ONGs é imensa, merece ser estudada em detalhes para checar o furor filantrópico por nossas matas e florestas. É curioso como todas elas partem do princípio da preservação ambiental radical e financiam estudos para fortalecer essa ideologia de preservação do meio ambiente sem levar em conta os homens e suas necessidades.

Outro ponto alto da histeria ambiental é fazer comparações esdrúxulas. A verdade que incomoda é a de que o Brasil tem a maior área de unidades de conservação e de terras indígenas do planeta. Em termos proporcionais, também é recordista. Arrolando-se os dez países com mais de dois milhões km2 de área, tem-se: Brasil, 30,2% do território em unidades de conservação e terras indígenas; Austrália, 19,2%; China, 17%; EUA, 13%; Rússia, 9,7%; Canadá, 9,7%; Argentina, 8,9%; Argélia, 7,5%; Índia, 6%; e Cazaquistão, apenas 3,3%. ONGs preferem comparar o Brasil com países muito menores e com graus de desenvolvimento completamente diferentes, como por exemplo, a Colômbia com 40% de unidades de conservação e terras indígenas, a Bolívia, com 40% e a combalida Venezuela, também, com 40%. Não há critérios de análise e comparações, apenas pinçam dados para corroborar falsos argumentos.

Precisamos saudar com reverência os agricultores brasileiros e combater as injustas difamações espalhadas. Eles ocupam menos de 8% do continental território do Brasil e conseguem estar entre os maiores produtores de alimentos do mundo. Não são inimigos do meio ambiente. Na verdade, são verdadeiros promotores da preservação racional e dos avanços econômicos. Não precisam da interferência de ONGs milionárias, que deturpam dados e promovem interesses das empresas que as financiam.

*Márcio Bittar é senador da República

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