Cameli diz que Alice e Sinhasique são “meninas poderosas” e que só saem do governo se quiserem

Meninas poderosas

Não vai ficar barato para o MDB local o comportamento de dois de seus deputados – Meire Serafim e Roberto Duarte – na Assembleia Legislativa, que têm votado com os membros da oposição mesmo o partido sendo da base do governo e tenha ajudado na eleição do governador Gladson Cameli e tendo duas secretárias de Estado no primeiro escalão – Eliane Sinhasique, na pasta do Turismo, e Maria Alice Melo, na poderosa Secretaria de Planejamento e Gestão Administrativa (Seplag).

As superpoderosas

A sorte das duas secretárias, segundo o colunista, depreendeu de declarações do governador numa recente conversa como o chefe do Executivo, em seu gabinete, é que elas, chamadas pelo próprio Gladson Cameli, de “meninas superpoderosas”, têm competências, compromissos e dedicação ao Governo de sobra para não dependerem da ação de seus colegas e correligionários deputados na Assembleia Legislativa. De acordo com Gladson Cameli, mesmo com os votos contrários do casal de deputados emedebistas afinados com a oposição, elas continuam em seu Governo e só saem se quiserem.

Critérios técnicos

A mesma paciência de Gladson Cameli em relação às duas secretárias não se deve esperar no que diz respeito ao MDB e à presidência do Partido, na pessoa do deputado federal Flaviano Melo, segundo deu a entender o governador na mesma conversa com o colunista em seu gabinete. O governador disse que tirou, em relação as duas secretárias, o critério político e passou a observá-las sob o critério técnico e ambas estão correspondendo, ele disse. Agora, o PMDB, na pessoa dos dois deputados e de seu presidente, o deputado federal Flaviano Melo, não esperem nada do governo no ano que vem, afirmou o próprio Gladson.

Ninguém casa obrigado

Segundo ele, o que o MDB veio fazendo em relação à politicagem em menos de cinco meses de mandato de seu governo vai ter troco. “Eu cobrei posições da direção do MDB antes de tomar qualquer decisão e a condição da direção foi deixar os deputados à vontade. Então, a partir do momento em que tomam uma decisão dessas, politicamente isso não existe. Se eles querem ser independente, que assim continuem porque eu serei também independente deles no futuro, já a partir do ano que vem”, disse um tranquilo Gladson Cameli. “Ninguém casa com ninguém obrigado não”, acrescentou.

Tchê, um bom cozinheiro

Na mesma conversa com o colunista, Gladson Cameli foi todo elogio a seu novo líder na Assembleia, deputado Luis Thcê (PDT). Mesmo também elogiando o ex-líder Gerlen Diniz por sua dedicação e defesa de seu Governo, Gladson Cameli disse que Luis Tchê, com toda sua experiência, chegou à liderança como um bom chefe de cozinha, capaz de produzir bons temperos ao que é servido do ponto de vista política. Política e a arte de cozinhar, na avaliação do governador, requerem paciência e habilidades que ele, particularmente, diz não ter como articulador. “Sou de delegar funções”, definiu-se.

Cadimiel, o sargento PM

Por falar em Tchê, o líder governamental não está nada contente com o deputado Sargento Cadimel Bonfim (PSDB), por conta de declarações do parlamentar em relação à proposta de reformulação do tempo de serviço para a promoção de praças na Polícia Militar, uma iniciativa do governo que, aliás, foi retirada de pauta a pedido da própria liderança do governo. Cadimiel foi contra e se posicionou como fosse um deputado de oposição, deixando o líder em maus lençóis.

Reclamações ao Major

Tchê deve reclamar do comportamento do colega ao vice-governador Wherles Rocha, que é colega de caserna do deputado militar, na patente de Major, e maior liderança do PSDB no Estado, no qual Cadimiel é filiado. A maior reclamação de Tchê é que o deputado agiu muito mais como sargento, como se ainda estivesse na tropa, do que como político, que tem compromissos com o atual governo e uma série de cargos na administração estadual, principalmente em Feijó, onde está sua bale eleitoral.

Cantada na prefeita

O governador Gladson Cameli estará em Brasiléia, no Vale do Acre, no próximo sábado (1). A agenda será de cunho administrativo, com a entrega de licenciamento para o funcionamento de abatedouros de suínos para um grupo de suinocultores. Mas o governador, claro, também deve fazer política. E sua agenda política inclui uma conversa com a prefeita Fernanda Hassem, de Brasiléia (PT), a mais bem avaliada gestora municipal da atual safara e com fortes chances de reeleição. Disse que iria cantá-la, politicamente falando.

Cantada na prefeita II

Gladson me disse, na última vez em que conversamos, que vai aproveitar a estada em Brasiléia para, segundo ele, “dar uma cantada na prefeita”. Ao perceber que a expressão soaria mal para ambos, já que o governador e a prefeita são casados – muito bem casados, Gladson Cameli fez logo questão de corrigir. “Para ela vir para o nosso lado”, disse.

Prefeita premiada

A prefeita Fernanda Hassem, por sua vez, enquanto o Governo de Gladson Cameli enfrenta problemas na gestão de seu sistema de saúde, como admite o próprio governador, exibe, com orgulho, premiação do Ministério da Saúde por sua gestão na área. A Prefeitura atende mais de 1500 pessoas por mês com o programa conhecido Nasfs, que quer dizer Núcleo de Apoio à Saúde da Família, criado pelo Ministério da Saúde, em 2008, com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, e ampliar a oferta de saúde na rede de serviços, assim como melhorar a resolutividade, a abrangência e o público alvo das ações.

Pelos eriçados

Descoberto o segredo envolvendo a disputa interna do Solidariedade pelo passe do deputado estadual Fagner Calegário, que estaria inclusive de saída do Partido por onde foi eleito, o PV, e disposto a se filiar ao SD em breve. O deputado seria escolhido pelo SD para ser seu candidato a prefeito de Rio Branco, nas eleições do ano que vem. Calegário está disposto a topar a parada e o Solidariedade de pelos eriçados para a disputa.

BR boqueada de novo

Aumentou nas últimas horas o grau de tensão na BR-364, na saída Porto Velho (RO) rumo ao Acre, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A rodovia foi ocupada por manifestantes em protestos contra a Prefeitura de Porto Velho na altura do Bairro Vila da Penha, ainda dentro da capital rondoniense. Os manifestantes reivindicam melhorias nas estradas vicinais da região, além de reclamarem de violência e insegurança. Os protestos começaram no início da semana e nas últimas horas só aumentaram, com o aumento de filas de veículos que não podem passar pelos manifestantes.

Risco de desabastecimento

O risco é que veículos transportando mercadorias de interesse da economia do Acre, como gêneros alimentícios e combustíveis, comecem a ficar retidos na localidade. A PRF) no Acre informou que os protestos vêm aumentando e que o Estado está de novo sob risco de isolamento. É a segunda vez que isso ocorre em menos de 90 dias. Na primeira vez, num protesto na altura da Vila Extrema, o governador Gladson Cameli chegou a pedir que o governo de Rondônia agisse de forma a não prejudicar o Acre.

Licenciamento ambiental

Ocorre nesta sexta-feira (31), a partir das 10 horas, na Assembleia legislativa, a audiência pública patrocinada pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC) sobre o projeto de lei que pretende alterar as regras atuais do licenciamento ambiental. Petecão tem falado sobre a necessidade de ampliar o debate com a sociedade sobre a desburocratização do licenciamento, um instrumento utilizado pelo Brasil com o objetivo de exercer controle prévio para ações que envolvam o meio ambiente.

Desburocratizar

Parta o senador, o licenciamento e sua burocracia afetam o desenvolvimento do país, estados e municípios muito mais do que se imagina! “O Acre, por exemplo, pagou um preço muito caro por conta disso”, disse Petecão. ao se referir aos 20 anos de governos petistas, que se declaravam praticamente 100 por cento sustentáveis. Petecão deve reunir na audiência pecuaristas de todos os matizes ideológicos e defensores daquilo que, para destravar a economia local, é necessário também desburocratizar o sistema de licenciamento.

Grana do FGTS

Enfim, uma boa notícia do governo de Jair Bolsonaro. O governo estuda liberar saques de contas ativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), numa medida similar à implementada pelo governo Michel Temer no caso de contas inativas. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (30) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O objetivo é o mesmo: injetar recursos capazes de alavancar a volta do crescimento. A medida, entretanto, ainda segue em estudo, e só deve ser implementada após a eventual aprovação da reforma da Previdência. “Nós temos que começar pelas coisas mais importantes”, disse Guedes, em coletiva de imprensa.

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