A Torre Eiffel, um dos símbolos mais emblemáticos da França, foi palco de um show de luzes na última semana em celebração de seus 130 anos.
Atualmente, a torre é o monumento de acesso pago mais visitado no mundo, recebendo por ano cerca de sete milhões de pessoas. Mas ela nem sempre foi tão popular.
O monumento foi construído em ocasião da Exposição Universal de 1889, sediada em Paris, que marcou o centenário da Revolução Francesa.
Na época, foi lançado um concurso para estudar a possibilidade de se erguer uma torre de ferro com 300 metros de altura. Entre 107 propostas, foi selecionada a liderada pelo engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923).
Eiffel, que deu nome à torre, também esteve envolvido no projeto de outro monumento famoso –a Estátua da Liberdade, em Nova York.
Mas a execução, com início em 1887, se deu em meio a uma grande polêmica.
Personalidades importantes da classe artística, como Guy de Maupassant, Charles Garnier e Charles Gounod, se opuseram fortemente à construção, que supostamente não estaria à altura da beleza de Paris.
Em protesto publicado por artistas no jornal Le Temps em 1887, ela chegou a ser descrita como “inútil e monstruosa”.
Para entender as críticas, bastaria imaginar uma torre de “altura ridícula” dominando a cidade como uma “chaminé de fábrica cinzenta”, dizia o texto.
A construção levou dois anos, dois meses e cinco dias para ser concluída. E sua inauguração, durante a Exposição Universal, foi considerada um sucesso.
Mas, ainda assim, a Torre Eiffel não passaria de uma atração provisória, com desmonte previsto para dali 20 anos.
Sua salvação não se deu pelo turismo, mas por uma utilidade prática: nela podiam ser instaladas antenas. Hoje um dos ícones mais queridos da França, a torre tem 324 metros até o topo.
Com restaurantes, lojas e observatório, ela pode ser visitada com ingressos que vão até 25,50 euros (R$ 115).