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Com quase 200 casos de gripe e 16 mortes; Acre tem pior cobertura vacinal do país

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), divulgou um novo relatório sobre os casos de gripe viral. De janeiro à maio deste ano, já foram registrados 185 casos de gripe viral e 16 mortes. Os números assustam, e mesmo assim, o Acre vacinou apenas 65,64% do público alvo previsto para ser imunizado durante a campanha que se encerraria na próxima sexta-feira (31) e foi prorrogada por tempo indeterminado. É a pior cobertura do país.

Além do vírus tipo influenza mais conhecido como H1N1 com 36 casos e três óbitos, foram registrados mais 23 casos gripe influenza A (H3N2), com uma morte e outros 126 casos com 12 óbitos de vírus Sincicial respiratório (VSR), causa comum de infecções respiratórias. A meta no Acre era vacinar 90% das 242 mil de pessoas que fazem parte do público alvo.

Menos de 70% do público alvo foi imunizado/Reprodução

Que são indivíduos com mais de 60 anos; Crianças de 6 meses até 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias de idade); Gestantes; Mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias (puérperas); Trabalhadores da área da saúde; Professores de escolas públicas e privadas; Povos indígenas; Portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas; Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional

Veja informações compartilhadas pela Sesacre

E se eu não faço parte dos grupos prioritários?
Num primeiro momento, as doses estarão disponíveis apenas para os grupos mencionados acima. As outras pessoas podem se proteger na rede privada. O preço sai entre 100 e 200 reais, a depender da cidade.

O que vai dentro da vacina?
Em 2019, os agentes escalados para a vacina trivalente, disponível na rede pública, foram:

A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09

A/Switzerland/8060/2017 (H3N2)

B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87)

O vírus H1N1 se manteve o mesmo de 2018. Mas o H3N2 e o tipo B foram alterados em relação à versão anterior.

Existem outras maneiras de se resguardar?
A vacina é insubstituível. Mas outras estratégias podem ajudar:

Não compartilhe alimentos ou objetos pessoais como copos, talheres e toalhas

Lave as mãos com água e sabonete com frequência, principalmente ao sair ou chegar em casa

Cubra a boca e o nariz com um lenço descartável ao tossir ou espirrar

A vacina tem contraindicações ou traz algum efeito colateral?
Não há nenhuma condição que proíba sua aplicação. Até indivíduos alérgicos ao ovo estão liberados para tomá-la. Sobre os eventos adversos, a picada pode causar, no máximo, uma pequena alergia no local de injeção.

Aquela história de que a vacina leva a um quadro de gripe é pura mentira. Os pedaços de vírus utilizados na fabricação estão inativados e não conseguem causar mal algum.

Mas e os relatos de gente que fica com os sintomas clássicos (febre, dor no corpo, coriza, cansaço…) logo após a picadinha? A explicação é simples: o imunizante demora de duas a três semanas para surtir efeito. Nesse meio-tempo, o risco de infecção se mantém em alta – daí por que aplicar a vacina antes de o frio se instalar de vez. Além disso, esses incômodos podem ser culpa de outros agentes microscópicos, como aqueles que causam o resfriado comum.

Os médicos pedem apenas para não tomar a vacina se você estiver com sintomas moderados ou graves de uma infecção

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