OMS reconhece vício em sexo como transtorno mental

Dois a quatro por cento da população mundial sofre deste transtorno

O vício em sexo foi, pela primeira vez de forma oficial, considerado uma doença mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A inclusão desta condição na lista de doenças aprovadas pela OMS chega semanas após o vício em vídeo games ter sido reconhecido como um problema patológico também.

A médica Valerie Voon, membro do Colégio Real de Psiquiatria britânico, afirmou, em declarações para o The Independent, que cerca de dois a quatro por cento da população mundial sofre deste transtorno.

“É um tipo de comportamento que tende a ser escondido, já que é visto como vergonhoso”, comenta.

“A inclusão do vício em sexo à lista de doenças psicológicas oficialmente reconhecidas pela OMS é um excelente passo para quem sofre deste problema, já que os indivíduos podem ter assim a certeza e a confirmação que a patologia é real e que podem procurar ajuda médica”, finaliza.

A lista publicada pela OMS descreve a desordem de comportamento sexual compulsivo como um “padrão persistente de falha no controleo de impulsos repetitivos e intensos de cunho sexual ou um impulso que resulta em atitudes sexuais repetitivas”.

Os sintomas incluem o fato do sexo se tornar o “foco central” na vida dessas pessoas, em detrimento e negligenciando a saúde, cuidados ou interesses pessoais e quaisquer responsabilidades.

Para ser considerado de fato um problema, esse tipo de comportamento deve ocorrer por um período mínimo de seis meses e provocar distúrbios e sofrimento na vida pessoal do individuo, inclusive na vida dos que o rodeiam.

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