Em eventos do GCF, governador Gladson Cameli declara o compromisso do Acre com a pauta ambiental, mas reforça a urgência de desenvolvimento econômico e social para as populações do estado.
Desde sua fundação, em 2008, o GCF (Forca-Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas) estruturou-se no estímulo e atuação de programas jurisdicionais que promovam desenvolvimento rural com baixa emissão de carbono. Na manhã desta quarta-feira, 1o de maio, os delegados que compõem os estados da Amazônia andina e brasileira, participaram das reuniões internas do GCF.
Os temas abordados, vêm de encontro às demandas dos entendimentos dos estados que compõe a Forca-Tarefa (são dez países envolvidos e 38 estados), e na relevante participação da delegação brasileira, foram pontuadas as dificuldades e medidas necessárias para o desenvolvimento social e econômico das populações amazônicas.
O governador Gladson Cameli acompanhou as discussões e reforçou, em todas as reuniões estratégicas que o Acre se esforça, e muito, para garantir o zelo pelas floretas, lembrando que o protagonismo mundial de estabelecer a Redução do Desmatamento e Degradação Florestal (Redd+) nos tornou modelo para os demais estados amazônicos.
“As doações por compensações de serviços ambientais prestados pelo Acre devem nos ajudar a promover o tão sonhado desenvolvimento do agronegócio e industrialização, gerando renda e qualidade de vida e tirando, definitivamente, o Acre da condição de estado dependente do governo federal. Já estamos comprometidos, mas precisamos agir, o discurso acabou”, destacou o governador.
Escolhido para a explanação da delegação do Brasil, o secretário de Meio Ambiente do Mato Grosso, Alex Marega relembrou o acordo realizado no 17o Fórum de Governadores da Amazônia Legal, realizado em abril, no estado do Amapá, pontuando a urgência de que, os serviços ambientais gerados pelas florestas sejam valorizados. “Somos estados que se comprometeram a manter 80% de nossas florestas protegidas. Contribuímos nas soluções das mudanças climáticas ao reduzir a perda e acelerar a recuperação das florestas tropicais.
Mas, e jamais, podemos esquecer dos indivíduos que vivem nestas florestas. Então, não se trata aqui de aporte de milhões de recursos para criar benefícios tangíveis ao povo, mas de bilhões. Nossas populações necessitam ter retorno desta política”, pontou Marega.
O secretário de Meio Ambiente do Estado do Acre, Israel Milani, reflete a mesma linha de ação, refletindo o pensamento do governo do Acre que visa o custo dos recursos ambientais para a vida. “Vamos unir economia, agricultura e pecuária neste contexto. O momento é agora. A população, de uma forma geral, carece dos resultados da política ambiental sustentável,” esclareceu o secretário.
Antes de sua participação nas reuniões, acompanhado da primeira-dama Ana Paula Cameli e demais representantes da delegação do Acre, o governador visitou a Feira do GCF, que apresentou diversos produtos colombianos, feitos de forma sustentáveis, além de conhecer algumas ações de educação ambiental promovidas no departamento de Caquetá. Também concedeu entrevistas para emissoras locais.