De Brasília, a reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, informou que na reunião com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, realizada nesta quinta-feira (16), não foi apresentada nenhuma mudança na decisão de corte de quase 30% anunciado pelo governo federal para a verba das universidades públicas.
Preocupada, a reitora confirma que a Ufac só dispõe de condições financeiras de funcionamento até a conclusão do primeiro semestre. “Não tivemos nenhum avanço na reunião com o ministro. E se for mantido o corte, a Ufac, assim como outras universidades brasileiras, ficam inviabilizadas. Só temos condições de trabalhar até 31 de julho.”, disse.
Da reunião, também participou a diretoria executiva da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que apresentou ao ministro um painel de cortes e os impactos do contingenciamento, que está calculado em 29,74%, mais precisamente.
De acordo com o orçamento da Ufac, a instituição recebe atualmente R$ 44 milhões em verbas federais, tanto para custeio, como para capital. Com os cortes acontecendo desde 2017, o ano letivo de 2019 já teria iniciado com déficit orçamentário, a agora com o contingenciamento anunciado a perda pode chegar a R$ 15 milhões, o que compromete, de acordo com a reitora, o funcionamento no segundo semestre.
Com uma comunidade acadêmica composta por mais de 12 mil estudantes, um quadro docente e de técnico-administrativos de 1.500 pessoas, além de mais de 40 cursos de graduação e 20 pós-graduações (mestrado e doutorado), a Ufac não teria condições de custear os serviços de manutenção, como água energia, segurança, limpeza e nem de adquirir os insumos e suprimentos para os laboratórios e manutenção dos cursos, impactando diretamente a pesquisa, o ensino e a extensão.