Pouco depois de voltar ao mercado brasileiro, a Xiaomi anunciou nesta terça-feira (21) uma loja online para vender produtos no país que vão além dos smartphones: de patinete a escova de dentes elétrica.
Todos serão importados e o site será lançado na primeira semana de junho. A chinesa também terá uma loja física, que será inaugurada no próximo dia 1º em um shopping de São Paulo.
Além desses locais, os celulares serão vendidos em distribuidores autorizados, entre eles algumas grandes lojas de departamentos.
Itens que não forem comprados pelos canais oficiais não terão garantia local e nem assistência técnica, afirmou a fabricante chinesa.
Novos smartphones
A Xiaomi aproveitou o evento em São Paulo também para lançar 5 novos celulares para o país: Mi8 Lite, RedMi 7, RedMi note 7, Mi 9 e RedMi Go. Ela voltou ao mercado brasileiro em fevereiro, com os modelos Pocophone F1 e Redmi Note 6 Pro.
Nem todos os preços foram anunciados. Os destaques foram o Mi9, topo de linha da marca, e o intermediário RedMi Note 7. Veja os os detalhes:
Mi9 – R$ 3.999
É o principal lançamento entre os 3. Foi apresentado no exterior em fevereiro deste ano. O aparelho tem tela de 6,39 polegadas e câmera frontal de 20 megapixels.
Na parte de trás, são 3 câmeras de 48, 16 e 12 megapixels. O processador é o Snapdragon 855, memória RAM de 6 GB ou 8 GB e armazenamento de 128 GB.
RedMi Note 7 – R$ 1.699
Com tela de 6,3 polegadas, o Redmi Note 7 se destaca pela câmera de 48 megapixels. O processador é o Snapdragon 660, e o aparelho tem memória RAM de 4 GB e armazenamento de 64 GB.
Diversificação
As novidades são fruto da parceria da Xiaomi com a distribuidora DL Eletrônicos no Brasil.
Nesta terça, além de anunciar operação própria, a chinesa informou que ampliará o número de grandes lojas que vão oferecer os produtos no país.
Agora com 7 smartphones no portfólio, além de outros itens, a fabricante diversifica sua operação no Brasil, tanto em oferta como em faixa de preço. Só não há planos, por ora, de vender notebooks e tablets.
Quando veio ao Brasil pela pela primeira vez, em 2015, a Xiaomi apostou apenas em um modelo barato: o Redmi 2 custava R$ 500 no comércio online.
Era uma forma de evitar a distribuição e reduzir custos ao consumidor, mas a marca não emplacou. Ela diminuiu sua presença no país no ano seguinte, até deixar de fazer novos lançamentos no país.
A essência da marca, no entanto, promete ser preservada, mesmo com a importação dos produtos. Não há planos, por ora, de fabricação nacional.
“A Xiaomi assumiu de maneira global trabalhar com margem de lucro mínima. A DL também se compromete a isso”, disse Luciano Barbosa, que está à frente da distribuidora parceira.
Chineses de olho no Brasil
Além da Xiaomi, quem também voltou ao país foi a Huawei: a estratégia é parecida, dando prioridade agora a aparelhos mais caros e sofisticados.
A Huawei ganhou destaque nesta semana após o Google anunciar restrições de atualizações do sistema Android, o mais usado por smartphones no mundo, à empresa chinesa. Nenhuma atitude semelhante foi estendida à Xiaomi.