Segundo estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (5), o Acre perde 60% da água que produz com problemas de vazamentos, ligações clandestinas e falhas de leitura de hidrômetro.
O estado assume a 4ª colocação no ranking, ficando atrás do Amapá, Amazonas e Roraima (que obteve o primeiro lugar, com 75% de prejuízo – o que significa que, a cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída, 75 litros ficam pelo caminho).
Goiás foi o estado que menos pontuou. De acordo com a pesquisa, registrou apenas 26% de perda.
Dos oito estados, cinco estão no Norte e três, no Nordeste, regiões que, historicamente, apresentam os piores índices de saneamento do Brasil.
Enquanto 83,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada, a média da região Norte para o mesmo indicador é de 57,5%. A do Nordeste é a segunda pior, com 73%. Em relação ao acesso à coleta de esgoto, a situação é ainda mais grave: apenas 10,2% da população do Norte e 26,9% da do Nordeste são atendidas, contra a média nacional de 52,4%.
Considerando o país, a média de perda de água potável é de 38%. Isso representa uma perda de 6,5 bilhões de m³ de água, o equivalente a mais de 7 mil piscinas olímpicas por dia.