Acre teve quatro casos confirmados e duas mortes por meningite em 2019, diz Sesacre

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) emitiu uma nota na manhã deste sábado para explicar os supostos casos de meningite que surgiram no Acre na última semana. Além da explicação, um informe epidemiológico também foi divulgado.

O paciente com meningite foi internado na UTI do Huerb/ foto: Gleilson Miranda/Secom

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Em 2019, até o momento, ´foram notificados 20 casos suspeitos de meningites e confirmado 4 casos (incidência de 0,4 casos por 100 mil habitantes). Por etiologia, estes casos confirmados foram: 1 caso de meningite viral, 2 casos de meningites não especificadas, 1 de meningite por Haemophilus e 1 de meningite bacteriana não especificada. Quanto aos 2 óbitos, um ocorreu no município de Rio Branco por meningite bacteriana não especificada e o outro no município de Tarauacá por Meningite por Haemophilus.

No ano passado foram notificados 62 casos de meningites e confirmados 29 (incidência de 3,3 casos por 100 mil habitantes). Analisando a distribuição dos casos por etiologia, houve predominância das meningites ”não especificadas” 14 (48,3%), seguida pela bacteriana 11 (37,9%), viral 2 (6,9%) e outras etiologias 2 (6,9%). A taxa de letalidade para todas as meningites foi de 20,7%.

 

 

Em nota, a assessoria de comunicação destacou que várias notícias falsas foram espalhadas a respeito dos casos.

Houve um caso suspeito de meningite, o do paciente E.S.S, de 26 anos, de Boca do Acre, que deu entrada no Pronto Socorro de Rio Branco, mas não foi confirmado. No óbito constam as seguintes causas: morte encefálica, hidrocefalia aguda e encefalite.

“A meningite estava e continua presente no Acre. Mas é espantoso o fato de que só agora os casos, incluindo um em território da Bolívia, passaram a ser enxergados por alguns setores da sociedade”, diz o comunicado.

CONFIRA AQUI O BOLETIM.

Sobre a doença:

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por diversos agentes infecciosos (bactérias, vírus ou fungos).

A meningocócica é uma meningite bacteriana e, junto com a pneumocócica, é considerada uma das formas mais graves e preocupantes da doença.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das meningites é feito por meio de exames de sangue e líquido cerebroespinhal (líquor). São eles que determinarão o tipo da doença e, com isso, a conduta que será adotada pelos médicos.

No caso das bacterianas, o tratamento é feito com antibióticos, associados ou não a corticóides, de 7 a 14 dias. A internação normalmente é necessária.

Nas virais, dependendo do agente, é preciso ministrar antivirais e corticóides por cerca de uma semana. Em geral, as pessoas são internadas e monitoradas quanto aos sinais de maior gravidade.

Por fim, nas meningites fúngicas, a prescrição é de antifúngicos por 4 a 12 semanas, também escolhidos com base no microorganismo identificado no corpo do paciente.

Prevenção

A vacinação ainda é o método mais eficaz de prevenção. “Estamos em alerta. Sabemos que pela cultura das pessoas quase ninguém imagina que doenças graves não erradicadas ainda podem surgir e nem sempre as pessoas se vacinam e estão imunes. Já solicitamos também que todas as pessoas  que tiveram qualquer contato com esses pacientes sejam isolados para observação, meningite é muito grave e pode levar à morte”, explicou  chefe de vigilância em saúde do Acre, enfermeira Glória Nascimento.

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